De volta aos gramados após 35 dias sem jogos oficiais, o Caxias venceu o Figueirense, pela 7ª rodada da Série C, no fim de semana passado. E o momento foi especial para Elyeser. O volante foi chamado por Argel logo aos 10 minutos do primeiro tempo para entrar na equipe na vaga de Emerson Martins, que acusou dores na coxa. Ao pisar no gramado, o atleta completou seu 50º jogo com a camisa grená.
— Falar do Caxias para mim é como se falasse algo da minha família, como se fosse um pai para mim, como se fosse uma mãe, um irmão, porque foi o clube que me lançou para o cenário. Cheguei em 2017 quando ninguém me conhecia. Me acolheram de uma forma muito grande. Fazer esses 50 jogos para mim é de suma importância, é de uma felicidade imensa — lembrou o volante.
O atleta ainda agradeceu aos dirigentes e pessoas que foram determinantes para seu retorno ao clube, no ano passado, e ainda destacou que o Grená lhe deu visibilidade nacional.
— Foi daqui que eu fui para o Goiás, onde eu fiquei três anos. Foi daqui que eu tive um desempenho no Gauchão onde despertou o interesse de outros clubes, até do próprio Internacional. É somente gratidão, todas as vezes que eu entro no campo, eu tento dar o meu melhor, porque o torcedor também me trata com carinho muito grande.
Elyeser ainda apontou como foi retornar a campo depois de tudo que aconteceu no Rio Grande do Sul, com a tragédia causada pela chuva.
— Não foi fácil ficar um mês apenas treinando, mas por todo o sofrimento que a gente passou foi de total importância para a gente nos unir. O Argel, desde quando chegou, não teve tempo de trabalho, conseguiu trabalhar, ele conseguiu resgatar a nossa verdadeira identidade, porque acredito que o que aconteceu contra o Atlhetic-MG foi um acidente e a gente estava devendo para o torcedor — destacou o volante, que ainda completou:
— Era injusto que no domingo, depois de toda essa volta, não fazer com que o torcedor voltasse feliz para casa. Não pela rivalidade que tinha contra o Figueirense, mas por tudo aquilo que os gaúchos sofreram e poderíamos deixar que eles voltassem para casa infeliz, precisávamos dessa vitória.
O jogador não teve dúvidas em dizer qual foi o jogo mais marcante neste período de 50 partidas com a camisa do Caxias.
— Eu acredito que as coisas para trás já ficaram, todos os jogos foram importantes para mim, mas o mais importante vai ser contra o Náutico no domingo (9), esse sim é o mais importante. A nossa cabeça tem que estar totalmente focada nesse jogo e a gente já tem certeza que a vamos fazer um grande jogo.
Em 2023, Elyeser fez parte do inédito acesso nacional do Caxias à Série C do Brasileiro. Quem sabe ele não consiga emendar o segundo feito histórico, com a volta do clube à Série B, depois de 19 anos.