Não é só o Juventude e o torcedor jaconero que estão na expectativa do retorno do futebol, após um período sem partidas por conta das enchentes no Rio Grande do Sul. O volante Luís Oyama não atua desde março, quando sofreu uma lesão no ombro ainda durante o Campeonato Gaúcho. Aos 27 anos, o atleta, que jogava tênis antes do futebol, também quase seguiu na engenharia civil. Além disso, se define como bom em Matemática e, por isso, conta os dias para poder voltar a jogar.
Oyama teve uma lesão ligamentar no ombro na goleada, por 4 a 0, do Juventude diante do Guarany de Bagé, no Estádio Estrela D'alva. Além do ritmo de jogo, o volante ainda busca perder o receio de divididas.
— Tem um pouco de receio ainda, principalmente, quando eu não consigo enxergar a pessoa. Eu vou receber uma bola de costas, aí eu dou uma olhada que eu vejo que o cara tá vindo. Você já fica com um pouco de medo do contato, mas acho que com o tempo eu vou perdendo — contou Oyama, em entrevista ao Show dos Esportes na Rádio Gaúcha Serra.
O volante disputou 12 partidas até o momento com a camisa do Juventude. Dessas, cinco foram como titular. O jogador encarou o Campeonato Gaúcho, competição bem diferente do Brasileirão.
— Eu acho que no Gaúcho é um campeonato totalmente diferente. É muito contato, o árbitro também, às vezes, não costuma dar todas as faltas, e os campos também. Tem muitos campos que são meio complicados, mas eu acho que tem tudo pra somar e ajudar todo o grupo — avaliou.
Até o retorno dos jogos do Ju, diante do Fluminense no sábado (1º), serão 84 dias sem Oyama atuar. Para o Verdão, um pouco mais de um mês. O ritmo de jogo será um fator de dificuldade neste recomeço para o time e para o volante.
— Pode ser um ponto muito negativo pra gente. O Roger e toda a comissão estão tentando deixar a gente no nível de competitividade que a gente estava, mas a gente sabe que não vai conseguir manter, mas pelo menos chegar perto e se adaptar — comentou Oyama.
O tênis e a engenharia
Luís Oyama tem descendência japonesa. Os avós, por parte de pai, nasceram no Japão e viram para o Brasil. Antes do futebol, era tenista na adolescência, mas escolheu os gramados para seguir carreira. Fora do esporte, chegou a sonhar com a engenharia civil.
— Antes de jogar futebol, eu pensava em ser engenheiro civil. Alguma coisa em relação a exatas. Na escola, eu era bom de matemática. Cheguei a jogar tênis também. Eu gostava muito do Federer. Aí eu tive que optar pra escolher tênis e futebol. Só que como o tênis dava muita despesa, eu optei pelo futebol. No tênis dá pra desenrolar. Eu cheguei a jogar juvenil. Eu jogava federado lá em São Paulo. O Nenê aí tá doido pra apanhar no tênis pra mim. O Gabriel goleiro também — revelou o volante.
Não para só no tênis os fatos curiosos com o volante. Oyama também já foi sócio de uma loja de vinhos. O volante demonstrou uma veia empreendedora.
— Já fui, vendi a empresa. Eu gostava muito de vinho. Foi em 2022. Eu tinha uma parte, eu vendi. Eu parei de beber. Eu gostava bastante de vinho, só que de um tempo pra cá, eu cansei — finalizou.