Marcelo Casanova mais uma vez finalizou no top 5 uma das etapas do Grand Prix de Judô Paralímpico da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA). Nesta terça-feira (2), o judoca do Recreio da Juventude disputou, em Antália, na Turquia, a penúltima etapa do GP antes dos Jogos Paralímpicos de Paris, e ficou na quinta colocação geral.
Como um dos cabeças de chave do torneio, Casanova avançou direto para as quartas de final da competição. O primeiro adversário foi Galymzhan Smagululy, do Cazaquistão. Com um bom domínio de luta e um wazari, o judoca gaúcho superou o rival ao final dos quatro minutos.
Na semifinal, o embate foi com o ucraniano Oleksandr Nazarenko. Com 30 segundos de luta, Casanova aplicou um wazari no rival, tomando a dianteira do combate. Porém, faltando 1min36seg para o encerramento do duelo, o atleta do Recreio recebeu a terceira punição, incluindo uma marcação contestável da arbitragem na segunda delas, e perdeu o confronto.
Na disputa do bronze, contra Zviad Gogotchuri, da Georgia, novamente a arbitragem parou Casanova. Numa briga por espaço no tatame, o árbitro do combate entendeu que o brasileiro pisou fora da área de luta e aplicou a terceira punição, deixando-o na quinta colocação final.
Para o técnico Giovani Cruz, que acompanhou Casanova na Turquia, o alto nível técnico da competição foi importante para as projeções da sequência da temporada:
— Competição duríssima. Julgo que até o momento foi a mais difícil que o Marcelo fez, mas a evolução dele é nítida, por mais que tenha ficado em quinto lugar. Fez lutas duras, parelhas, com atletas mais experientes que já disputaram Paralimpíada e que já medalharam nela. Atingimos o nosso objetivo que era conseguir a pontuação necessária para os Jogos. Vamos para mais uma etapa, que é o GP de Tbilisi, na Geórgia, em maio, e o nosso foco é ficar no top 4. Sabemos que não vai ser fácil, está todo mundo bem junto, e depois esperar pela convocação da seleção para o Marcelo de fato carimbar a vaga na Paralimpíada.
Mesmo com a pontuação necessária para a Paralimpíada de Paris, Casanova precisa estar na convocação final da delegação brasileira do judô. A lista final só deve ocorrer após a etapa do GP na capital da Georgia.