A noite deste sábado, 20 de abril de 2024, ficará marcada de forma negativa na história do Caxias. Após nove anos longe da Série C, o retorno foi traumático e constrangedor. O time grená foi goleado, por 4 a 0, no Estádio Centenário, para o Athletic. Tudo deu errado. Com direito a gol contra de Marcelo e expulsão do zagueiro Lucas Cunha, após o apito final do primeiro tempo.
Após o jogo, o técnico Argel Fuchs concedeu longa entrevista coletiva. Envergonhado, o treinador admitiu a baixa produção do time e pediu desculpas ao torcedor grená, que protestou com vaias.
— Primeiramente, eu queria me desculpar com o nosso torcedor. Devemos desculpas ao torcedor. Tivemos uma noite muito infeliz. Todos nós. E principalmente eu por ser o comandante. Entramos muito desatentos. Tudo que podíamos fazer de ruim, nós fizemos. Gol contra, expulsão no intervalo, não marcamos, não nos impomos — avaliou o técnico Argel Fucks.
Para o jogo diante do Athletic, Argel optou por uma mudança no sistema tático. Ao invés de três volantes, a escolha por três atacantes.
— As pessoas vão falar do sistema tático. Nós jogamos contra o Bahia assim. Estávamos perdendo e empatamos com o Bahia. Nós espelhamos o adversário. O problema é que o adversário jogou e nós olhamos. Temos que assumir a responsabilidade. O sistema tático não falhou. Erramos em todos os gols. Não conseguimos competir em momento nenhum — explicou o treinador.
O Caxias teve três semanas de intertemporada para a Série C e foi irreconhecível em campo. Uma derrota dolorosa. Agora, terá uma semana cheia até o próximo confronto, que será domingo (28), às 19h, no Estádio Almeidão, em João Pessoa.
— Foram três semanas de preparação pra estrear bem dentro de casa. É um campeonato que está começando. Temos 18 rodadas para nos recuperar. No ano passado, o Caxias perdeu de 4 a 0 para o Concórdia e deu a volta por cima. Temos que receber as críticas, que são bem-vindas. O torcedor tem toda a razão. Foi um espetáculo pobre. Estou muito envergonhado. Vamos trabalhar para buscar a recuperação no próxim0 jogo com outra atitude e postura — avaliou Argel, que finalizou:
— A gente entende o torcedor, que tem o direito. É nós que temos a responsabilidade. Não é o presidente, não é o departamento de futebol, não é. As peças que nós pedimos foi um consenso, dentro do que nós podíamos pagar. Era uma equipe que vinha muito bem e agora faz um jogo desses fora da curva.