Sétimo reforço contratado para a temporada de 2024, o zagueiro Rodrigo Sam, 28 anos, teve uma sequência maior de jogos com a camisa do Juventude na reta final do Estadual. O defensor disputou a última Série B do Brasileiro pelo Mirassol e chegou em definitivo ao Estádio Alfredo Jaconi com contrato assinado até o final de 2025.
Sob o comando de Roger Machado, ele entrou em campo em oito partidas. Em três oportunidades, foi titular. E chamou a atenção pela polivalência, já atuou em três posições diferentes no Estadual — volante, lateral e zagueiro.
No confronto de volta diante do Inter, no Beira-Rio, pelas semifinais do Gauchão, ele começou improvisado como lateral-direito. Contudo, com 10 minutos, após a lesão de Danilo Boza, foi deslocado para a zaga e cumpriu bem a sua função. Contra o Grêmio, na primeira decisão pelo título Gauchão, o zagueiro atuou na sua posição ao lado de Zé Marcos. Novamente repetiu a atuação segura do jogo anterior.
— Eu fui muito bem recebido aqui pelos zagueiros, que é a minha posição. E me adaptei muito bem ao clube. Já fiz algumas vezes de volante, de lateral poucas vezes. Mas, quando o jogador está para ajudar em qualquer posição, o grupo é isso. Se pedir pra ir de volante eu vou, se pedir pra ir de lateral eu vou, independente da situação. Infelizmente, o Boza machucou lá no segundo jogo contra o Inter e o professor optou por eu voltar na zaga. Estou na minha, mas se precisar de volante, precisar de zagueiro, lateral, eu estou aí — comentou.
Na partida de ida da final do Gauchão, o Juventude não conseguiu nenhuma vantagem. Com o empate em 0 a 0, no Estádio Alfredo Jaconi, o time de Roger Machado precisará de uma vitória simples para ser campeão na Arena, sábado (6), às 16h30min. Rodrigo Sam analisou as características encontradas no primeiro duelo.
— Um jogo de muita imposição. Dois times que marcam muito. Muito confronto, saiu acho que sete, oito cartões. Então foi um jogo muito pegado, é final. Fizemos, na minha opinião, um grande jogo. Tivemos algumas oportunidades, não aproveitamos. Agora, no sábado, é ir lá contra o Grêmio, fazer um bom trabalho, estudar algumas coisas, e ver o que a gente pode melhorar — contou Rodrigo Sam, que comentou sobre a difícil missão de marcar Diego Costa:
— O Diego Costa é um grande jogador. Está inteiraço. A gente até brincou em alguns momentos ali. Foi bom, foi bom. Espero que seja um confronto que eu ganhe lá.
CARREIRA E ESTILO DE JOGO DO JU
Rodrigo Sam iniciou sua carreira na base do Marília, mas se transferiu para o Corinthians em 2015, onde chamou a atenção e se profissionalizou. Desde então, somou passagens de destaque em clubes do interior paulista, como Bragantino, Novorizontino, Oeste, Mirassol e Água Santa, onde foi pilar importante na campanha que culminou com o vice-campeonato paulista da temporada de 2023, comandado por Thiago Carpini.
No Mirassol, somou mais de 60 jogos como titular nas últimas duas temporadas. No Juventude, ele ainda está começando uma caminhada. Contudo, ele já percebeu os principais pontos da equipes de Roger Machado.
— O nosso time é de posse de bola. A gente sabia que o Grêmio iria pressionar. É um time que, quando a gente sai jogando, eles tentam encaixar na marcação individual. A gente tentou fazer algumas movimentações. Algumas vezes conseguimos sair jogando, mas é um time que marca muito bem. O Juventude é um time que, independente de dentro ou fora de casa, vai jogar do mesmo jeito. Vai tentar pôr a bola no chão, tentar jogar. E contra o Grêmio não vai ser diferente — destacou o zagueiro.