Líder em campo e no vestiário alviverde, o volante Jadson é uma das peças importantes do meio de campo do Juventude, de Roger Machado. Classificado às semifinais do Gauchão 2024 e à terceira fase da Copa do Brasil, o Verdão mandou pra longe a nuvem negra que ameaçava a continuidade do treinador no Alfredo Jaconi.
— A gente viu que o Juventude passou por um momento de pressão, mas conseguiu sair dela e deu uma resposta, tanto na questão de placar, quando venceu o Guarany de goleada fora de casa (4 a 0), mas também voltando a apresentar um bom futebol — admitiu o jogador em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra.
E neste domingo (17), o Ju terá um grande desafio: superar a melhor equipe do Estadual, e um dos dois favoritos ao título do Campeonato Gaúcho. O confronto de ida da semifinal está marcado para às 16h, em Caxias do Sul.
— Eu espero o melhor Inter possível, com os melhores jogadores, com a melhor mentalidade que eles têm construído nos últimos 10 jogos, que estão invictos. E eu espero que nós possamos fazer aquilo que nós temos feito nas últimas partidas — destacou o volante.
Adaptação do novo elenco
Curiosamente antes do duelo vencido pelo Colorado na primeira fase, Jadson concedeu entrevista dizendo que os últimos jogadores que foram anunciados pelo clube precisariam de mais tempo para se adaptar ao que considera ser a "essência do Juventude". Algo, que agora, segundo o volante, está acontecendo, e citou o centroavante Gilberto como exemplo.
— Não é fácil você chegar num clube e se adaptar tão fácil como alguns jogadores têm se adaptado. O Gilberto chegou há pouco tempo e tem se adaptado bem, tem entendido, até porque ele é um jogador experiente, já passou por muitos clubes. Então, ele sabe, ele tem entendimento do que é esse DNA do Juventude. A gente tem uma premissa de se sacrificar, pois jogar aqui na Serra já não é tão fácil, ainda nem chegou o inverno, e eu sempre falo isso para eles, está tudo tranquilo, está tudo legal, a gente tem que trabalhar, mas a parte difícil ainda não chegou — analisou.
Como encarar o Inter
A partida válida pela última rodada da primeira fase diante do Colorado ficou pra trás, mas deixou lições ao time alviverde. Inclusive ao técnico Roger Machado, que abrirá mão de um volante e vai colocar o time mais à frente com a presença do trio ofensivo formado por Edson Carioca, Lucas Barbosa e Gilberto. Na derrota por 2 a 1, Roger havia sacado Barbosa para a entrada de Mandaca (que está lesionado).
— A gente precisa ser competitivo, tirar o Inter da zona de conforto e demonstrar para eles que a gente tem condições de vencer. E isso não se faz só lá atrás, só se defendendo, dando a bola para eles. A gente precisa também ter um jogo ofensivo competente, se defender bem, é lógico, eles têm muitas peças ofensivas que podem te causar algum prejuízo se você vacilar. Mas a gente também precisa mostrar para eles que a gente pode ser competente, que podemos criar oportunidades ofensivas e sim vencer.
A gente precisa ser competitivo, tirar o Inter da zona de conforto e demonstrar para eles que a gente tem condições de vencer.
JADSON
Volante do Juventude
E para não ter que chegar ao Beira-Rio, no dia 25, tendo que vencer o Inter, seria importante o Juventude ter uma vantagem, mínima, na partida deste final de semana. Mas Jadson fez uma ressalva importante para a decisão de 180 minutos.
— É o que eu tenho conversado com os nossos atletas, que eu tenho procurado passar para eles e que nós, mais velhos, temos passado por isso várias vezes em vários clubes. A gente precisa ser competitivo nos dois jogos. Não adianta a gente ser competitivo em casa, que é lógico, é a nossa casa, a gente precisa, se possível, ter uma vantagem e queremos isso. Só que precisamos também ter consciência de que o jogo não se decide no domingo. Vai passar para a final o melhor time nos 180 minutos. E a gente tem que se preparar para sermos competitivos nos dois jogos — lembrou.
E se diante do Paysandu, quase cinco mil torcedores se fizeram presentes incentivando das arquibancadas, o momento é de se ver um Alfredo Jaconi com público dobrado, colorido pelas duas torcidas.
— Ter o Jaconi lotado e o apoio da nossa torcida faz muita diferença. Então, eu espero que nosso estádio esteja cheio mais uma vez e que a gente possa corresponder assim como na última partida. Acho que o nosso torcedor é parte importante do nosso desempenho — finalizou Jadson.