Quatro empates, uma derrota e queda de rendimento. O time do Juventude passa por uma instabilidade dentro de campo. O próprio técnico Roger Machado admitiu o momento que a sua equipe passa e disse que é preciso voltar aos trilhos. Após a classificação à segunda fase da Copa do Brasil diante do Iguatu, no empate em 0 a 0, o treinador tentou explicar os motivos de a equipe ter saído dos trilhos nos últimos cinco jogos.
— Determinadas características de adversários que nos impuseram um jogo de mais força, duelos aéreos e levamos desvantagem. Podemos mostrar uma evolução. Não tenho dúvidas com gramado bom, com condições normais, iluminação (em Iguatu) também fez que o jogo ficasse difícil. Quando a gente pega adversário que permitem que a gente jogue mais, o nosso jogo aparece. Por isso colocamos um jogador a mais no meio-campo, que compete mais se comparado com um ponta. Talvez ele (Mandaca) foi o que mais ganhou os duelos dentro do meio-campo, por isso a vantagem em controlar este setor — declarou o técnico Roger Machado.
A queda de rendimento da equipe começou diante do Novo Hamburgo no empate em 1 a 1, no Estádio do Vale. Depois, o alviverde repetiu o placar com São Luiz. O mesmo resultado veio no clássico Ca-Ju. Contra o Grená, o time demorou para entrar no espírito do clássico. Na décima rodada do Gauchão, uma derrota para o Brasil de Pelotas por 1 a 0 e com o time criando pouco.
Pela Copa do Brasil, a equipe teve três grandes oportunidades para vencer o Iguatu, mas ficou longe de mostrar um bom futebol. O adversário pouco levou perigo e tentou nas jogadas aéreas seus ataques.
Nesta temporada, Roger utilizou duas formações. O time teve sucesso no começo com três homens no meio-campo e um trio ofensivo. Porém, não obteve o mesmo êxito nos últimos jogos e o treinador alternou o sistema. Ele colocou Mandaca no setor de criação e sacou um atacante. O time apresentou uma melhora, mas ainda busca um equilíbrio melhor. Questionado sobre uma autoavaliação, o técnico respondeu:
— Se a gente avaliar pelos objetivos muito bom. Se avaliar pela estabilidade circunstancial do momento talvez seja diferente. Depende de qual amostra deseja avaliar. Podemos pegar um recorte qualquer e fazer a avaliação que a gente desejar — finalizou Roger Machado.