A lua de mel entre o torcedor e o time terminou. Se no ano passado, o Caxias conseguiu o inédito acesso nacional, esse ano ainda não engrenou. Por conta da ascensão no Brasileirão, a expectativa aumentou. Ao mesmo tempo, a cobrança também. Agora, como novo técnico, o Caxias, de Argel Fuchs, terá o clássico diante do Juventude, nesta segunda-feira (19), às 20h, para se recuperar e fazer as pazes com a torcida grená.
Vindo de derrota em casa e com a queda de Gerson Gusmão, Argel Fuchs terá a missão de encontrar o caminho das vitórias para o Caxias. E o primeiro desafio será o Ca-Ju, no Estádio Alfredo Jaconi. Com apenas dois treinamentos, o comandante chega em um momento delicado para o time grená.
— O futebol não te dá tempo. Futebol sempre tem pressa. Claro que a gente gostaria de ter tempo, mas as coisas não são assim. Futebol exige estar sempre preparado. Eu vejo futebol 24 horas por dia. Conheço a equipe do Caxias e os jogadores que estão aqui. Alguns jogadores trabalharam comigo em outros clubes. Sabemos o que representa jogar um Ca-Ju, eu mais do que nunca, porque já participei. Sei a dificuldade e a importância. É um jogo diferente — avaliou Argel.
O clássico, com o favoritismo do rival, pode ajudar na recuperação. Tudo passa por um bom resultado no Ca-Ju 288.
— É o momento de criarmos uma mobilização dentro do clube. O futebol é assim. Hoje, não vivemos um bom momento, mas se a gente conseguir o resultado no clássico, a coisa já muda. Nós temos que pensar jogo a jogo. É contra um adversário que merece todo nosso respeito. Sabemos da qualidade que tem do outro lado. Assim, como sei que eles respeitam a gente — comentou Argel.
De um perfil sanguíneo e o motivador, Argel terá o desafio de melhorar o aspecto emocional dos atletas e, principalmente, a qualidade do time. O Caxias sofreu gols em todas as partidas disputadas neste Gauchão. Peças individuais não estão rendendo o esperado. É hora do treinador encontrar soluções.
Eu vi o Caxias contra o Grêmio e fez uma bela partida. Ninguém desaprendeu.
— Só motivação não ganha jogo. Precisa trabalhar os aspectos táticos, técnicos e físicos. Ninguém desaprende a jogar. Eu vi o Caxias contra o Grêmio e fez uma bela partida. Ninguém desaprendeu. Pode ter perdido o rumo ou a parte psicológica influencia. O jogador precisa de confiança e nós estamos aqui para isso — valorizou o treinador grená.
Se o Caxias faz uma campanha cambaleante, o Juventude está no G-4, terminará a rodada em terceiro lugar, não perdeu nos últimos jogos e tem Roger Machado com um ambiente mais tranquilo do que Argel no Caxias.
— Talvez, se não tivesse o clássico, eu não estaria aqui. Eu gosto desse tipo de jogo. Esses grandes jogos são para grandes profissionais. São dois grandes treinadores e campeões aqui no estado, pela grandeza dos clubes, pelo que representa o Ca-Ju — finalizou Argel.