Não há dúvidas no Alfredo Jaconi de que se o Juventude tem hoje possibilidades de disputar a Série A em 2024 muito se deve ao trabalho do técnico Thiago Carpini. O treinador chegou na sétima rodada da competição e, desde então, fez a equipe que tinha três pontos sair da zona de rebaixamento e somar mais 54, entrando diretamente na briga pelo acesso.
Mas, faltando quatro rodadas, talvez a equipe nunca tenha precisado tanto das ideias e alternativas criadas pelo seu jovem treinador. Sem Nenê e Reginaldo, lesionados, e Dani Bolt e Zé Marcos, suspensos, o comandante terá que reinventar o time para aproximar o Verdão do objetivo do acesso. Nesta sexta-feira (3), às 21h30min, diante do Ituano, os torcedores que irão ao Alfredo Jaconi vão conferir quais as novidades, a começar pelo substituto do camisa 10.
— Trabalhei algumas situações ontem (quarta-feira) no Alfredo Jaconi. De não mexer muito na estrutura. De, talvez, manter o mesmo tripé e fazer uma troca simples do Nenê com o Vargas. As características são as mesmas, já fizemos isso. A volta do Vini Paulista também é uma possibilidade da gente fortalecer de novo este setor de meio-campo — revelou Carpini.
A falta de Nenê também vem a evidenciar uma carência no grupo, uma vez que não são muitas alternativas para o meio-campo na reta final da competição.
— Talvez o Vargas possa fazer a função do Nenê, à frente do nosso tripé. Treinamos ele fazendo também o corredor ao invés do Vini, mas já viemos praticamente a competição toda com o Vini. No meu período, ele atuou em praticamente 80% dos jogos. Não tenho no elenco a possibilidade de trabalhar outra situação, com dois meias, como Vargas e Nenê — admitiu o técnico.
A falta do capitão da equipe pode não ser o principal problema. Sem os dois laterais pelo lado direito do campo, Carpini falou sobre como foram os testes no pouco tempo que teve para preparar a equipe.
— Momento de oportunizar atletas. Posso adiantar que estou levando pro jogo o Kelvi, jogador da base do clube. Por alguns momentos, já jogou como lateral. Testamos ele na função. Gostei bastante. Não tenho medo pra colocar pra jogar. Quem está aqui está pronto. Não estou dizendo que ele vai jogar, mas é uma possibilidade. Apesar do Luiz Gustavo me dar mais segurança no setor, por já ter atuado comigo no Guarani, além do Santo André e do ABC onde também atuou na lateral. Levando em consideração a liderança, de um cara que já viveu momentos bons na carreira — destacou Carpini.
O volante Kadi também poderá ser improvisado na lateral. O atleta atuou assim pouco mais de 20 minutos no empate diante do Vitória, em Salvador. Mas se optar por colocar Luiz Gustavo, abre-se o buraco na defesa que poderá ter a presença de mais uma novidade: Anderson Prestes.
— O Anderson foi meu atleta no Água Santa. Eu coloquei o Anderson pra jogar contra o Corinthians em Itaquera, se precisar vou colocar. Promovi ele das categorias de base do Água Santa pro profissional. Fez uma campanha considerável na Copa FGF, está treinando bem. O Ruan é mais jovem e teve várias oportunidades. Então, vamos enaltecer e valorizar quem está entrando. Não quer dizer que vai jogar, mas é uma ideia. Tem uma bola aérea defensiva e ofensiva muito boas.
Quebra de jejuns
A noite desta sexta também pode marcar a quebre de jejum de uma das equipes. Apesar de não perder há sete jogos, o Juventude vem de quatro empates seguidos e, com 57 pontos, deixou o G-4 na última rodada. Mas voltará a ele em caso de vitória.
Já o Ituano não sabe o que é vencer há nove partidas e ficou no empate sem gols diante do Mirassol na última rodada, em Itu. O time do técnico Marcinho tem 37 pontos e luta contra o rebaixamento. O clube só tem três a mais do que o Tombense, primeira equipe da zona de rebaixamento.
— É um time muito leve, muito jovem. Com uma pressão muito boa na parte ofensiva. Um time que toma poucos gols e tem os seus méritos, a sua capacidade, independente da situação na tabela — finalizou Carpini.