O encontro entre o melhor mandante com o melhor visitante da Série B será neste domingo (29) às 19h, no Barradão. Vitória e Juventude vivem momentos decisivos na parte de cima da tabela de classificação. Os baianos terão o apoio de um estádio lotado e querendo fazer a festa pelo acesso. O Juventude precisará pontuar para permanecer dentro do G-4 e ficar próximo da Série A de 2024.
E o técnico Thiago Carpini projetou o confronto da 34ª rodada da competição, em entrevista antes do embarque para a capital baiana, na manhã desta sexta-feira (27).
— Esperar um bom jogo. Um futebol bem jogado. Essa é a expectativa pela capacidade e a qualidade da equipe do Vitória. Pela nossa capacidade, a nossa qualidade também como visitante na competição. O Juventude ainda é a melhor equipe como visitante e o Vitória, o melhor mandante. A gente espera que seja um duelo de detalhes, de estratégia, onde as coisas devem se definir, e de quem estiver mais atento às oportunidades que vão ser construídas para os dois lados — apontou o comandante alviverde.
O treinador tinha a chance de repetir a formação dos últimos dois jogos. Mas o lateral Reginaldo é dúvida, por desgaste físico, e o meia Matheus Vargas pode ganhar espaço no time na vaga de Vini Paulista.
— Se a gente muda, nem sempre é porque não agradou. Talvez, às vezes, alguma estratégia para determinada partida e adversário. Eu não me apego muito à distribuição tática, vocês já repararam, nós tivemos diversas variações. Gosto sim de repetir, de dar continuidade no trabalho com os onzes ali, porque o atleta começa a se conhecer melhor, a entender mais o comportamento do companheiro dentro de campo. E quando a gente achar também que são necessárias as mudanças, serão feitas. Então, independente de quem joga, de quem inicia a partida, esperamos fazer um bom jogo dentro da estratégia para esse jogo com o Vitória — avaliou Carpini.
Impacto emocional
A semana foi também de muita conversa entre comissão técnica e o grupo de jogadores. Faltando cinco jogos para acabar a competição e vindo de três empates seguidos, dois deles dentro de casa, o treinador do Ju avaliou o impacto emocional causado pelos resultados ruins, em meio à expectativa pelo acesso.
— Temos conversado muito em relação a isso. É um cuidado que se precisa ter, não é uma preocupação, porque são atletas também experientes. Temos dentro do elenco Nenê, Matheus Vargas, o próprio Boza, que apesar da pouca idade é um cara que viveu grandes coisas na carreira, Jean e Jadson. São jogadores com lastro de já terem vivido grandes momentos. É trabalhar jogo a jogo, ter cautela, cuidado e entender que se nós pudermos nos manter no G-4 até a 38ª rodada vai ser maravilhoso. Isso dá uma confiança, não um conforto em relação ao nosso dia a dia, mas uma segurança para que sigamos o trabalho de maneira mais leve — destacou o técnico, que ainda completou:
— A cada rodada, estamos mais próximos do objetivo, mas se isso também não acontecer por algum momento, não existe desespero, nós já tivemos situações muito piores na competição. O Juventude vem sempre crescendo, anda para o lado, cresce, anda para o lado, isso tem sido uma constância. Em momentos que oscilamos um pouquinho, caímos uma ou duas posições. Como eu sempre falo, na 38ª rodada é que a gente tem que brigar e lutar e trabalhar muito para estar entre os quatro primeiros colocados.
Confiança dos atletas
Depois de assumir o time na vice-lanterna da Série B, na sétima rodada, Thiago Carpini tem a chance de conduzir o Juventude à Série A de 2024. O time está na quarta colocação, com 56 pontos, e depende apenas de si para conquistar uma das quatro vagas.
— Se a gente olhar para trás e tudo que nós já vivemos, o que nós já passamos, como começou e a chance que nós temos de terminar, tem muita coisa boa. Eu falei para eles que, para nós, esse momento que a gente está vivendo não é o primeiro momento de decisão. Desde a minha chegada contra a Chapecoense foram só decisões. Para sair da parte de baixo, decisão para não cair, para sair do Z-4, para ficar no meio da tabela, para permanecer na série B, agora para estar no G-4. Estamos calejados já. Não podemos ter ansiedade ou pressa. Usamos esses exemplos de maneira positiva para seguir a caminhada — finalizou Carpini.