Vem aí mais uma temporada para o Caxias do Sul Basquete no NBB. A estreia está marcada para o dia 24 de outubro contra o União Corinthians, no Ginásio do Sesi. Diferentemente de outras participações, dessa vez, a equipe da Serra conseguiu confirmar sua participação com antecedência. Mesmo que o investimento não esteja ainda num patamar esperado, a boa notícia foi a consolidação do projeto com a continuidade de patrocinadores e com a receita definida para a disputa.
— Esse foi ano diferente. Ainda em fevereiro, nós começamos a pensar na próxima temporada. Então, começou com a formação do time da LDB, a busca pelos patrocínios para que a gente tivesse um pouco mais de tranquilidade. As coisas ainda não andam da forma como gostaríamos, porque além da tranquilidade poderia ter um pouco mais de investimento para gente fazer um pouco mais, mas a tranquilidade faz o trabalho andar de maneira mais objetiva e focada — comentou o técnico Rodrigo Barbosa, que completou:
— O esporte de alto rendimento precisa estar ligado ao investimento. É necessário que, a cada ano, a gente aumente esse investimento para melhorar o produto basquete. A gente conseguiu repetir a temporada passada, com nossos parceiros de fé. Isso é importante ressaltar, que renovamos com todos da temporada passada. Isso mostra a credibilidade do projeto.
Essa será a quarta temporada seguida que o Caxias do Sul Basquete disputa, após retornar de uma parada, por falta de receitas. O trabalho para o NBB começou ainda no time de desenvolvimento que disputou o LDB. Os jovens ganharam rodagem e cinco deles fazem parte do elenco principal agora: os armadores Elias e Gabriel, o ala Léo Cravero, o ala/pivô Vini Chagas e do pivô Vitor Borges (que se recupera de lesão).
— Nós jogamos três temporadas, ficamos duas sem jogar por falta de patrocínio e, agora, estamos indo para a quarta temporada. Certamente, evoluímos a cada ano. Na LDB, no primeiro ano desde que a Liga obrigou a participação dos clubes, nós montamos um time com o que tinha no mercado, no segundo ano contratamos um técnico específico e cinco jogadores que puderam participar da competição e, nessa última temporada, montamos um time para disputar o LDB e dar uma base no NBB — avaliou Barbosa.
Nesta temporada, foram cinco contratações: o ala/pivô Rafa Oliveira, o ala Wesley Mogi, o pivô Wesley Sena, o armador norte-americano Kenny Dawkins e o armador argentino Alejandro Konsztadt. O ala/pivô Diego Conceição renovou.
— Temos alguns números impressionantes. Eu sei que não tem relação com o resultado ainda, mas para o trabalho do dia a dia, nós treinamos com a terceira semana na mesma intensidade que o time da temporada passada jogava. Então, os números mostram que o time está correndo na pré-temporada o que o time do ano passado fazia no jogo — analisou o treinador do Caxias do Sul Basquete.
NBB diferente
A 16ª edição do Novo Basquete Brasil (NBB) terá o maior números de clubes da sua história. 19 equipes disputam a temporada 2023/2024, que começa no dia 21 de outubro. Oito estados brasileiros estarão representados e as novidades são Botafogo, Mogi Basquete e Vasco da Gama.
Além deles e do Caxias, também estarão Bauru, Brasília, São José, Cerrado, Corinthians, Flamengo, Fortaleza, Minas, Pato , Paulistano, Pinheiros, Franca, São Paulo, União Corinthians e Unifacisa.
A primeira fase, chamada temporada regular, terá turno e returno com jogos de ida e volta. Nos playoffs, as 16 equipes se enfrentam em séries melhor de três jogos nas oitavas de final. A partir das quartas, serão séries melhor de cinco partidas definem quem avança. O campeão do NBB 16 será conhecido em junho de 2024.
— A Liga tem esse aspecto positivo, que todos os clubes participam de todas as decisões. Existia uma parte que se movimentava no sentido de que tivesse duas chaves, tipo o NBA, e depois cruza. Eu não achava bom, porque eu não estaria no grupo do Flamengo e só jogaria uma vez com eles e poderia ser no Rio. Agora, aumentaram quatro jogos, dois em casa e dois fora. Dá para controlar. O campeonato tem dois grupos: os seis que mais investiram e os outros 13, que o campeão dos 13 termina em sétimo e decide em casa, podendo ir mais adiante nos playoffs — finalizou Rodrigo Barbosa.