O Caxias decidirá uma vaga nas quartas de final da Série D contra o Ceilândia. O primeiro confronto será neste domingo (13), às 16h, no Estádio Centenário. E o time do Distrito Federal é comandado pelo técnico Adelson de Almeida. Entre idas e vindas, o treinador tem mais de 10 anos de dedicação ao clube e mais de 300 jogos à frente da equipe.
Curiosamente, o Ceilândia é comandado por três irmãos. O presidente Ari de Almeida, o responsável pelo administrativo Almir de Almeida, e o técnico Adelson, que comanda a equipe há bastante tempo.
— Temos uma relação familiar aqui. Nós somos três irmãos que administram o clube, né? Eu, talvez, tenha a pior tarefa entre os três, porque cuido da equipe de futebol. Então, nesses 10 ou 12 anos à frente, a gente vem mudando conforme nossa necessidade, conforme o material humano que temos. Na Série D, conseguimos montar uma equipe forte, com um investimento razoável para os padrões do Ceilândia — comentou Adelson, em entrevista ao Show dos Esportes, na Rádio Gaúcha Serra, antes de complementar:
— O presidente cuida muito das questões jurídicas e burocráticas do clube, né? O outro irmão cuida da nossa estrutura no CT, que não é pequeno. São mais de 50 mil metros quadrados, bem ministrado. Eu fico com a parte do futebol, montagem de equipe, administração, o futebol de uma forma geral. Ninguém se intromete na área do outro.
Para o Ceilândia, o Caxias é o clube com maior tradição da Série D. Além disso, entende que o favoritismo no confronto é grená no duelo.
— Confronto difícil. Eu até comento por aqui, que o Ceilândia pegou a equipe que tem a camisa mais pesada entre os 16 que continuam na Série D. Uma equipe que vem há tempos se projetando para voltar à Série C. Não tem como escolher adversário, é trabalhar da melhor maneira possível e se preparar bem para esse confronto — afirmou o treinador, que completou:
— O Caxias, em Caxias do Sul, é muito favorito para o confronto, no que se refere ao peso da camisa. Uma torcida muito apaixonada, um projeto que o Caxias vem aí há três ou quatro anos trabalhando para voltar. Então, creio que neste confronto, o Caxias é o favorito.
Confira outros trechos da entrevista
Campanha acima da expectativa
Se a gente levar em consideração que nós tivemos que remontar a equipe para a Série D em relação ao Campeonato Estadual, foi um pouco surpreendente, sim, porque a nossa projeção era de ficar entre os quatro, mas à medida que os jogos foram passando, a gente foi ajustando para a equipe, acabou que deu liga, né? E a gente conseguiu terminar a fase e primeiro lugar.
Observação do Caxias
A gente não tem tanta informação, porque ficamos envolvidos com nossos jogos, né? Eu tinha um confronto difícil contra o Vitória-ES que tinha que reverter. Então, fiquei muito envolvido neste confronto, né? Mas já já tinha uma ligeira impressão que seria a equipe do Caxias. Eu tenho algumas informações que possa ser importante, mas a gente sabe que as equipes mudam bastante. O Gerson Gusmão tem muitas opções.
Estilo de jogo
O Ceilândia tem uma forma de jogar, que eu acho até um pouco arriscado a gente tentar mudar agora. Então, o Ceilândia tem sido uma equipe que, mesmo jogando fora de casa, propõe o jogo e vai atrás do resultado. É lógico que para este de confronto, temos que tentar ter um equilíbrio, né? Defesa, ataque. É um jogo de 180 minutos, que requer um pouco de cautela, mais inicialmente, a gente não tem intenção de mudar a sua proposta de jogo.
Gramado do Abadião
Eu acho que não chega a ser tão bom quanto o gramado aí de Caxias do Sul, mas é um gramado que dá pra praticar o futebol. Na região Centro-Oeste, a gente sofre muito com a seca e com a estiagem. Mesmo que a gente quisesse, a gente não ia conseguir manter um gramado 100% por essas questões climáticas, mas a meu ver é um gramado que tem condições de praticar um bom futebol sim.
Os contextos são muito diferentes. Aquela equipe do Caxias de 2011 era muito forte. Uma equipe que jogaria de igual para igual contra qualquer time do futebol brasileiro à época. Nós amadurecemos bastante de 2011 para cá. Hoje, eu acho que as equipes se igualam um pouco mais. Um confronto com um pouco mais de equilíbrio.