Adversário do Caxias nas oitavas de final da Série D, o Ceilândia-DF tem como objetivo subir à Série C e se estabilizar para iniciar um novo projeto. Este é o pensamento do presidente Ari de Almeida. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, o dirigente comentou que o foco na primeira fase era passar em primeiro ou segundo do grupo para decidir os mata-matas no Estádio Abadião.
— Estamos trabalhando forte pelo acesso. Você participar de uma Série D é estar no limbo do futebol. Estamos trabalhando para sair deste limbo e dar um passo em uma direção melhor. Pegamos um adversário que ninguém queria enfrentar neste momento. Equipe de tradição, já jogamos e tivemos uma infelicidade. Sabemos da responsabilidade que temos neste projeto — declarou Ari, que revelou o investimento do clube na Série D:
— Neste ano, o Ceilândia está batendo o seu recorde de gastos. A gente nunca projetou ter uma despesa tão alta como deste ano. Temos uma despesa de R$ 250 mil mensais, que engloba tudo, a operação e folha de pagamento de atletas e funcionários. Ano passado tivemos a felicidade de avançar algumas fases na Copa do Brasil. Conseguimos guardar um pouco deste recurso e estamos aplicando agora nesta Série D do Brasileiro.
TORCIDA VISITANTE
O clube manda seus jogos no Estádio Maria de Lourdes Abadia, popularmente chamado de Abadião. A capacidade máxima é para 5 mil pessoas, longe dos 18.197 do Estádio Centenário. O Grená irá definir a vaga às quartas de final da Série D longe da Serra. O presidente confirmou que haverá espaço para a torcida do Caxias em Ceilândia:
— O estádio está dentro da regulamentação da CBF, com todos os seus laudos e com público de cinco mil pessoas. Recebemos as duas torcidas. A torcida do Caxias não estará em grande número, como será em Caxias, mas o estádio atenderá as duas torcidas. O nosso ingresso aqui é preço popular. A inteira é R$ 20 e o torcedor do Ceilândia que vier com a camisa é agraciado com a cortesia do jogo. Esperamos um público de cinco mil pessoas aqui — explicou o presidente, que confirmou existir estrutura para o VAR:
— Um membro da CBF fará uma vistoria, mas aqui na final do estadual usamos o VAR. Ano passado na final entre Ceilândia e Brasiliense, no próprio Estádio Abadião, já usamos o VAR. Então, não vejo como um problema.
IRMÃO NO COMANDO TÉCNICO
O Ceilândia é treinado por Adelson de Almeida. O mesmo sobrenome do presidente não é mera coincidência. Eles são irmãos. O mandatário afirma que não abre mão de ter Adelson no comando da equipe em sua gestão.
— O Adelson é um grande treinador. Desde que assumiu o clube em 2009, o Adelson é meu treinador. Não abro mão de tê-lo. As duas competições que não tivemos ele foi porque optou em trabalhar em outra equipe e outro ano tirou férias — contou Ari.
Aos 53 anos, o técnico vai para sua 12ª passagem pelo clube. Em 2019, o profissional comandou o Brasiliense e na temporada seguinte tirou um período sem comandar nenhuma equipe. Questionado como é trabalhar com o irmão, o presidente resumiu:
— Eu cuido do CNPJ do clube e ele cuida do time. Assim é a nossa relação. A contratação, o elenco e a programação de jogo é com ele. A parte de campo, ele quem faz. Eu cuido do institucional do clube — afirmou o dirigente.