O Juventude ganhou um aliado para a sequência de Série B. O tempo, por vezes inimigo dos técnicos, desta vez joga a favor do Verdão. Afinal, o clube inicia nesta quarta-feira (14) a preparação para o duelo contra o Sport que acontece apenas na quinta-feira, dia 22. Os pernambucanos são postulantes a uma das quatro vagas no G-4, mas diferentemente do Ju, o Leão da Ilha vai ter menos tempo para projetar o confronto. A equipe de Recife tem dois jogos em atraso na tabela e, um deles, será neste domingo (18), em casa, contra o Vila Nova. E para o volante Jean Irmer, a parada veio em boa hora.
— Temos jogadores que precisam dar uma regenerada, que vêm atuando todos os jogos, não descansaram em nenhum, como o Boza e o Nenê. Temos jogadores, como o Mandaca, que saiu com dores na coxa, talvez se o jogo fosse prontamente agora contra o Sport, a gente poderia não tê-lo em campo. É um momento principalmente pro Thiago Carpini ter uma semana cheia pra poder implementar de vez o trabalho dele — apontou o camisa 5.
A série de cinco vitórias seguidas foi interrompida na 12ª rodada pelo Tombense. A equipe mineira conseguiu a virada em pleno Alfredo Jaconi, freando os ânimos alviverdes.
— Da mesma forma que com as vitórias a gente vira a página e vai pra próxima, com a derrota também. E foi dolorida porque a gente foi um time que buscou o resultado o jogo inteiro e tomar um golzinho bobo no final é doído. Na Série B, um ponto lá na frente pode ser importante, quando tivermos 55 ou 56 pontos, nessa briga ali pelo G-4 — destacou o volante, que ainda falou da lição que o grupo tirou do revés:
— A gente tem que valorizar os aprendizados desse jogo, mas não podemos nos acostumar com a derrota. Não é do nosso perfil nos acostumarmos com isso. Tivemos um vestiário que sentiu muito, mas um vestiário não apático, que já está pronto para o próximo jogo. Já olhamos pro Sport com muita tranquilidade porque sabemos que o que fizemos contra o Criciúma, podemos repetir lá em Recife.
A equipe de Thiago Carpini teve dificuldades para furar o bloqueio defensivo do Tombense, que veio com intuito de explorar os contra-ataques. A visibilidade pela sequência de vitórias fez com que os adversários do Verdão ampliassem o sinal de alerta sobre o modo de jogar do time alviverde.
— Os clubes vêm estudando a gente de outra maneira. Até o jogo contra o Mirassol, eles vinham propor o jogo dentro do Jaconi. Agora não mais. E não é porque a gente ganhou cinco jogos que estávamos muito bem. Agora que perdemos não somos o pior. Foi um jogo que tiramos muito aprendizado. Aprendemos que, pisando no campo adversário, não podemos expor tanto o Thiago Couto. Foi melhor ter acontecido agora porque lá na frente, no meio do segundo turno, quando estivermos ganhando de 1 a 0, não vamos levar viradas como esta — disse Jean Irmer.
Criticado por receber muitos cartões no início da temporada, o volante levou apenas dois amarelos nesta Série B.
— Em alguns momentos estou conseguindo controlar o ímpeto. Lances como nos cartões que tomei foram pra matar as jogadas, pra parar contra-ataques e não correr risco. Contra o Tombense, se eu tivesse alcançado o Alex Sandro, provavelmente teria sido expulso porque eu não ia deixar o cara ir na frente do Thiago e fazer o gol. Eu ia fazer a falta, matar a jogada e levar cartão. Mas não cheguei. Analisando os lances do Gauchão, era excessivo e desnecessário muitas vezes alguns cartões que tomei — revelou.
O volante também considera que a chegada de Thiago Carpini foi fundamental para que ele aprimorasse a saída de bola, um dos defeitos mais apontados pelos críticos.
— Estou mais tranquilo, trabalhando e evoluindo pouco a pouco também uma coisa que precisava muito pra minha carreira que é a questão da construção. O meu nível de tocar na bola, de receber e girar está muito melhor com o Carpini porque ele tem me incentivado — finalizou.