A parada é apenas dentro de campo. Enquanto o grupo de jogadores do Juventude dá uma pausa nos jogos e só retorna a campo no dia 22, pela Série B, fora dele a direção do clube age para qualificar o elenco. O objetivo dos dirigentes é viabilizar as contratações de um meia, dois extremas e de um centroavante.
E para reforçar o elenco, na reabertura da janela de transferências, em 3 de julho, o Verdão terá um aporte para investir mais, muito pela avaliação da posição na tabela. O Juventude está em oitavo, com 18 pontos. O time de Thiago Carpini está a cinco do G-4.
— Saíram os zagueiros Douglas e Walce, saiu o Elton, e temos que trazer um centroavante. O Kady trouxemos porque não tínhamos um segundo volante. Com base nisto, estipulamos um número e fizemos uma solicitação para a diretoria. Precisamos de um investimento de aproximadamente R$ 200 mil a R$ 300 mil para fazer um complemento de atletas que a gente precisa dentro do grupo, naquelas posições que identificamos — revelou o diretor do comitê gestor Almir Adami, em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra.
O dirigente alviverde também destacou que, mesmo com este aporte, o clube ainda ficou abaixo de aporte financeiro de alguns clubes que disputam a Segunda Divisão.
—Tínhamos um orçamento um pouco acima do R$ 1 milhão, e hoje temos, com esse aporte, R$ 1,3 milhão. Tenho certeza absoluta que se formos comparar com outras equipes da Série B, é abaixo. Deve estar abaixo do décimo colocado, conforme a gente tem conversado com outros clubes. Precisamos ser assertivos nas contratações. Não adianta pagar um valor alto e o atleta não corresponder. São seis meses de um aporte de um milhão e meio para investir no futebol — destacou o dirigente.
Busca por extremas
O Juventude conta para o ataque com alguns nomes que ainda buscam afirmação no time do técnico Thiago Carpini. São os casos de David, o titular e de Ruan e Robertinho que vem entrando no segundo tempo das partidas. O desafio da direção é dar mais opções ao técnico Thiago Carpini com a contratação de extremas.
— No começo da Série B estávamos competindo por atletas e a nossa faixa por extrema estava na casa dos R$ 80 mil, e foram para outros clubes recebendo R$ 170 mil. Existe essa dificuldade. Tentamos em clubes da Série A, eles não tem extremas e não tem como liberar, pois os planteis são enxutos. Então é uma dificuldade de todos os times. O que vamos fazer é buscar um extrema que possa se adequar ao perfil de atleta que o Carpini ache o ideal. Eventualmente pode ser um extrema diferenciado, mas queremos um atleta que queira jogar no Juventude — apontou Adami.
O diretor-executivo Júlio Rondinelli revelou que o Juventude já iniciou tratativas com dois nomes para o ataque e criticou a forma como foram conduzidas algumas negociações no início de 2023.
— Pode ser que um dê certo ou nenhum. O primeiro que cantar a gente abraça. São valores significativos de investimento, e o prazo é curto, de seis meses. É um reforço acima do que fosse esperado inicialmente, mas que foi necessário. O Juventude, no começo da temporada, poderia ter formado um grupo com mais rodagem na Série B. É o único adendo. Lá atrás, o investimento poderia ter sido feito com contrato de um ano com atleta com rodagem. Jogadores com a seta para cima, com saúde de poder atuar em três jogos em uma semana, sem ter problema de lesão — finalizou.
Para a sequência da Série B, o Juventude já acertou as contratações do zagueiro Luiz Gustavo, do ABC, e do volante Kady, do Água Santa.