O Caxias vive um confronto paralelo na Série D do Brasileirão: resultado x rendimento. O time oscilou muito no primeiro turno do Grupo A-8. A equipe não conseguiu manter uma constância que passasse confiança ao torcedor. Em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, o presidente Mário Werlang avaliou os sete primeiros jogos da equipe. Para ele, o time apresentado resultado, mas fez uma ponderação:
— O resultado está muito bom, até melhor que o esperado, melhor que a última Série D, tanto em pontos quanto saldo de gols. Ainda esperamos agradar mais a torcida com um futebol mais vistoso. A gente quer resultado, mas também um futebol que agrade aos olhos — declarou.
No último confronto diante do torcedor, no Estádio Centenário, o Caxias venceu o Camboriú com gol nos acréscimos. Após a partida, parte da torcida pedia a saída do técnico Tcheco nas redes sociais. Sobre a bronca de alguns torcedores, o presidente tratou com naturalidade:
— Essa bronca eu enfrento todo o dia, quando encontro amigos, torcedores e nas redes sociais. Acho que ela vem um pouco da expectativa do Caxias sair da série D e realmente o nosso futebol a maneira de jogar está diferente da final do Gauchão. Mas no início do Gauchão tivemos jogos que não foram um espetáculo. Hoje, na minha visão, mas temos um time mais seguro que no início do Gauchão. No final foi diferente, fizemos belas decisões contra Inter e Grêmio — afirmou Márcio Werlang, que ainda completou:
— Se tivéssemos jogado esse futebol que estamos jogando hoje, mais seguro, tínhamos subido ano passado. Contra o América-RN, jogamos para frente, futebol bonito, propositivo, mas tomamos três. O Caxias quer subir, eu quero subir, pode ser com gol de mão, bola batendo na canela e entrando. Vejo uma evolução grande no esquema tático do Caxias. Temos esquema para defender e atacar. Antes tínhamos praticamente só um esquema.
Durante o jogo no sábado passado contra a equipe catarinense, a pressão chegou ao gramado. Os atletas foram vaiados no intervalo, quando jogo estava em 0 a 0. O presidente grená reflete que o dirigente não pode entrar nesta onda passional.
— A torcida, às vezes, tem que entender. Infelizmente fomos vaiados em uma partida que ganhamos e viramos líder. Mas nós dirigentes não podemos entrar nessa. Jamais pensaríamos em trocar técnico onde estamos vendo resultado em campo, queremos é resultado.