O experiente Newton Drummond foi apresentado oficialmente nesta segunda-feira (26), no Estádio Centenário, como novo executivo de futebol do Caxias. O profissional teve um trabalho vitorioso pelo Inter, onde fez parte de títulos importantes, como Gauchão, Libertadores e Mundial de Clubes, além de ser vice-campeão da Copa do Brasil e do Brasileiro.
A sua primeira passagem pelo Inter foi de 2002 a 2011. Depois, ele retornou em 2013 até 2014. A terceira passagem foi mais curta, em 2016, quando ficou quatro meses. Ele ainda tem trabalhos por outros clubes como Santos, Coritiba, Chapecoense, Vasco e Vitória.
Drummond chega com um status diferenciado no Centenário pelo seu currículo. O profissional assume no lugar de Marcelo Segurado, que deixou o Caxias para acertar com o ABC, clube da Série B do Brasileiro. O último trabalho de Drummond foi no Santos, na temporada passada. Questionado sobre o que lhe fez acertar com Caxias, o profissional respondeu:
— O que fez eu vir ao Caxias foi a conversa que tive com as pessoas. Toda a minha experiência e história são minha bagagem. Isso vai comigo onde eu estiver. Agora, não adianta ir para um clube que toda a minha experiência e meu conhecimento não sirvam para absolutamente nada. No momento em que tu tens uma conversa com as pessoas, te apresentam um projeto e objetivos claros, tu entras nesse projeto para fazer parte e tentar conquistar. Evidente que nós vamos brigar por isso — afirmou o executivo.
Muito se debateu no Estádio Centenário sobre a falta de autonomia para alguns executivos exercerem as funções no clube. Sobre o assunto, Drummond não se furtou a comentar. E disse que divide as decisões por onde passa.
— Eu tenho as minhas posições, porém, eu as divido com quem decide. Quem decide? Quem tem dinheiro. Mas é evidente que eu levo as alternativas junto com os meus pares, porque futebol não se faz sozinho. Não adianta chegar aqui e querer trazer um jogador e empurrar goela abaixo. Não tem como. Tenho que conversar com meus pares: João (Corrêa) e comissão técnica. Definidos os nomes, a gente traz ao presidente e ao vice para que a gente possa definir qual a melhor situação dentro daquilo que o clube tem condições de cumprir. Então, a questão de autonomia é o trato no dia a dia, na rotina. Eu não sou o dono da palavra.
PRESSÃO versus OBJETIVO
O torcedor do Caxias dorme e acorda pensando apenas no acesso. O calvário da Série D já duras alguns anos no Estádio Centenário. O clube não consegue chegar ao seleto grupo dos semifinalistas que garantem vaga na Série C. Drummond sabe bem o que é lidar com a pressão, pois esteve em vestiários de grandes clubes. Ele prefere ver a questão do acesso como um objetivo e não uma pressão.
— Eu não digo que é uma pressão, eu digo que é um objetivo. E esse objetivo tem que estar na cabeça de todo mundo. E foi isso que eu conversei com o grupo de jogadores. Todos temos que ter esse compromisso de fazer o melhor para buscar esse objetivo. A pressão vai existir sempre, independente da situação em que tu te encontres. Se estiver bem, a pressão vai ser para que seja melhor. Se tiver mal, evidente que a pressão vai existir para reclamar muito que está mal. Então, não vejo maior problema em relação a ter pressão para atingir objetivo. O que me preocupa muito mais é fazer com quem está no Caxias esteja com o foco nos objetivos em comum. Futebol é coletivo, não se ganha sozinho — explicou o novo executivo.
REFORÇOS
O Caxias também está em processo de contratações para a reta final da primeira fase da Série D. Além do meia Soares e do goleiro Fabian Volpi, o departamento de futebol está prestes a anunciar um volante, um atacante e busca um lateral-esquerdo. Sobre como será o seu trabalho na captação de reforços, o novo executivo explicou:
— Na verdade, não há "a indicação". O que há é a necessidade. Todo mundo tem um jogador para determinada posição. E aí, vamos buscar aqueles que, em primeiro lugar, estejam na condição que nos interessa, tanto na física quanto técnica e, depois, financeira. Feito esse levantamento, nós vamos ter, pelo menos, três opções. E aí, nós vamos esgotar. Vamos botar os prós e contras. É assim que funciona. Não se descarta o que houve antes, não se descartam indicações anteriores. Nós temos que dar continuidade — finalizou Newton Drummond.