Uma vitória fora de casa sobre a Chapecoense e uma goleada, no Alfredo Jaconi, diante do Atlético-GO foram o suficiente para o grupo de jogadores do Juventude recuperar a autoestima. Antes da Série B começar, a direção alviverde entendia que o elenco era capacitado para que o clube alcançasse o objetivo do acesso.
Mas diante do mau desempenho inicial, carregando nas costas cinco derrotas em seis jogos, a confiança dos atletas estava indo para o ralo. Bastou a troca no comando técnico para a equipe reagir e mostrar que tem potencial para lutar por algo melhor dentro da competição. É no que acredita o volante Jean Irmer. Recuperado de lesão, o jogador reassumiu a titularidade com a chegada de Thiago Carpini.
— Nosso grupo é uma tela em branco que aceitava aquele que chegasse para ajudar. Os outros (Pintado e Celso Roth) também fizeram, mas não conseguimos absorver e colocar em resultados. Com o Carpini, conseguimos absorver e vai dos nossos atletas. O grupo é sensacional. O staff e a diretoria compraram a briga com a gente. A diretoria entrava no vestiário para dar apoio, porque sabia que montou um grupo bom — revelou o volante, que ainda falou sobre a troca de treinador:
— A gente sabe como é o futebol. Às vezes, a mudança de treinador é a virada de chave do grupo. Nós como atletas, assumimos a responsabilidade. Temos uma mentalidade de um Juventude que vai brigar para subir. Não um Juventude que vai aceitar a mediocridade do ano passado.
Diante da Chapecoense, o time encaixou em campo, sobretudo a partir do primeiro gol, marcado por David, e fez um bom segundo tempo, ampliando o placar com Rodrigo Rodrigues e perdendo pelo menos outras três boas chances para aumentar o escore. Na quarta-feira, diante do Atlético-GO, o time foi intenso e agressivo desde o início da partida, marcando duas vezes na primeira etapa, com Jadson e Danilo Boza, e fechando o placar, com uma atuação segura e tranquila, que resultou no terceiro gol de Mandaca.
Temos uma mentalidade de um Juventude que vai brigar para subir. Não um Juventude que vai aceitar a mediocridade do ano passado
JEAN IRMER
Volante enalteceu mudança de postura do grupo
Agora, o desafio do time é criar uma identidade, mantendo a mesma postura demonstrada no Alfredo Jaconi para o confronto frente ao CRB, neste sábado (27), em Maceió.
— O Juventude é um clube com identidade de jogar dentro de casa. É um time aguerrido, agressivo, com intensidade. Independente de jogar em casa ou fora, temos que jogar da mesma maneira. Em casa, conseguimos impor nossa virtude, nossa pegada. São coisas que geram nossa identidade — revelou Jean.
Os jogadores vão desafiar também a sequência de jogos e o desgaste físico. A partida diante dos alagoanos será a terceira em apenas uma semana. Depois, o Verdão terá tempo para recuperar e buscar um melhor condicionamento físico dos atletas para a partida diante do Avaí, que acontece apenas no sábado, dia 3.
Jean Irmer é um dos jogadores mais desgastados. Por se recuperar de um edema no joelho, o volante deixou o gramado mais cedo na quarta-feira para a entrada do garoto Gehring..
— A gente sabia que no jogo passado a minha previsão era jogar um tempo só e ir ganhando minutagem para evitar uma futura lesão. Acabei jogando os 90 minutos e desgastando mais do que o normal. Nesse jogo (contra o Atlético-GO) a previsão era jogar 70 minutos e ir ganhando aos poucos, até chegar nos 100%. Sei que preciso melhorar muito fisicamente. Estou feliz por voltar no momento em que o time está encaixando. Saí mais por desgaste, mas feliz em ver o Gehring entrar muito bem. Mesmo sendo tão novo, assume a responsabilidade — finalizou.