As mudanças do Juventude para a partida deste sábado (13), às 16h, diante do Mirassol começam por quem vai estar sentado na casamata. O sonho do segundo acesso de Pintado com o clube chegou ao fim nos lençóis maranhenses, quando o time levou a virada para o Sampaio Corrêa, mesmo com um jogador a mais em campo. Coube a Adaílton Bolzan, o auxiliar permanente do clube, a missão de comandar a equipe diante dos paulistas.
E o treinador interino chega para o duelo com a responsabilidade de fazer o time produzir mais e vencer para sair da incômoda 18ª colocação da tabela da Série B. E como a direção alviverde não definiu um substituo para Pintado, o próprio auxiliar tem chances de se manter no cargo. Mas isso parace não passar pela cabeça de Adaílton neste momento.
— Não quero nada além de pensar no Mirassol. Sou funcionário do clube e, assim como aconteceu no Campeonato Gaúcho, quero ajudar o Juventude da melhor maneira possível. Não penso a longo prazo porque o campeonato é rápido, não dá pra perder tempo. Se acontecer ou não (de ser efetivado), não me importa neste momento — apontou o treinador.
Assim como quando assumiu o time nos três jogos finais do Gauchão, Adaílton não deve promover mudanças radicais na equipe titular, em nomes. A mecânica de jogo é que deve mudar, com uma construção de bola, sobretudo no meio-campo, priorizando a troca de passes e marcação no campo adversário. E, mesmo com a volta de Jean Irmer, recuperado de lesão, o interino deve dar sequência ao jovem Gehring com a camisa 5.
Aposta de Pintado, o garoto atuou nas últimas duas partidas da equipe e foi uma das raras peças elogiadas pela apresentação em campo, apesar da má campanha da equipe na competição nacional.
— Já havia comentado com o Pintado que havia jogadores interessantes na base. O Gehring pra mim não é novidade, já trabalhei com ele na base no ano passado. Está indo bem nesses jogos. Tem personalidade, tem qualidade. A gente vai dar continuidade, mas sabe que a gente tem o Jean, que é um jogador importante pra nós — destacou Bolzan.
O meia Nenê retorna de suspensão e por ele devem passar as principais jogadas de construção da equipe. Os desfalques em relação ao último jogo são o lateral-esquerdo Kelvyn, com desconforto na panturrilha, e o volante Emerson Santos, expulso no Maranhão. Thiago Couto terá sequência no gol e Romário reassume a titularidade na lateral.
Uma vitória no sábado, além de tirar o time da zona de rebaixamento, vai dar mais tranquilidade para o ambiente alviverde e ajudar a direção a encontrar um norte sobre o nome do futuro treinador.
— Infelizmente os resultados com o Pintado não apareceram, mas o trabalho estava sendo feito. E daquilo a gente pegou uma coisinha pra trabalhar nesta semana e chegar da melhor maneira possível para pontuar, fazer bons jogos e mostrar que esse grupo tem qualidade e potencial pra jogar a Série B contra todas equipes — afirmou Adaílton.
Adversário instável
O Mirassol também teve que alterar os rumos do comando técnico no começo da competição. Após quatro rodadas, com duas vitórias e duas derrotas, Ricardo Catalá deixou o clube que apostou em Mozart para a sequência da temporada. Recém-promovido da Série C, a equipe até faz uma campanha bem mais consistente e está em nono lugar, com 7 pontos.
Na estreia, diante do Vila Nova-GO, em casa, a equipe não saiu do empate em 1 a 1. Os meias Danielzinho e Camilo, lesionados, juntam-se a Bruno Cortez no Departamento Médico, ficando fora do confronto em Caxias.
O time paulista conta com alguns jogadores com passagens distintas pelo Juventude. O zagueiro Thalisson Kelven e o volante Yuri não deixaram saudades no Alfredo Jaconi. Mas o meia Chico Kim talvez tenha sido o atleta a protagonizar o último momento de grande alegria ao torcedor jaconero. Dos pés dele saiu o gol de pênalti que decretou a vitória alviverde sobre o Corinthians, na 38ª rodada do Brasileirão 2021, que manteve o clube na elite do futebol brasileiro naquele ano.