Um dos nomes consolidados da campanha do Caxias no Campeonato Gaúcho é o volante Vini Guedes. Contratado em novembro do ano passado, após defender a Chapecoense, chegou ao Estádio Centenário sem muito alarde e sem gerar grandes expectativas no torcedor. No entanto, o meio-campista tornou-se titular e um dos homens de confiança do técnico Thiago Carvalho. Inclusive, desbancou opções mais experientes do elenco.
Aos 23 anos, Vini Guedes é o atleta titular mais jovem do Caxias. O gaúcho de Tapera foi formado nas categorias de base da Chapecoense e possui passagem pelo Operário-PR. Pela Chape, conquistou o título catarinense em 2020 e também foi campeão brasileiro da Série B naquele mesmo ano. Liberado pela Chape, recebeu proposta do time grená e aceitou o convite para a atual temporada.
Sua chegada não foi tão badalada para um setor que tem Moacir, 37 anos, com experiência em grandes clubes como Corinthians, Sport e Fortaleza, além de Marciel, 28 anos, campeão brasileiro pelo Corinthians. Vini Guedes foi contratado com vínculo somente até o final do Gauchão.
Ainda não há a renovação. Somente após o Estadual isso será discutido. As boas atuações valorizam o volante e existe a preocupação do torcedor, se Vini Guedes permanecerá para a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro, grande objetivo da temporada.
— Não recebi propostas de outros clubes. Eu e a direção do Caxias deixamos para conversar no final do Campeonato Gaúcho. Como meu contrato é até o final do Gauchão, decidimos esperar terminar a competição e focar nos jogos. Depois, decidimos essa parte para não atrapalhar dentro de campo — comentou o volante.
Vini Guedes participou de 11 dos 12 jogos do Caxias neste Campeonato Gaúcho. Entre os volantes do elenco, junto com Marciel, é o que mais teve participação em partidas. Marlon esteve em 10 jogos, e Moacir em seis. Em seis oportunidades, Vini foi titular do técnico Thiago Carvalho. Em outras cinco vezes, entrou no decorrer do jogo. Ao todo, participou de 542 minutos na campanha do Gauchão. Contra o Inter no jogo de ida da semifinal, no empate em 1 a 1, ele acertou 87% dos passes realizados.
— Na nossa visão, fizemos um bom jogo no Centenário e dominamos a as ações na partida. É normal que o Inter chegue também, porque é um clube de Série A. Acho que faltou um pouco de capricho na definição final. Esperamos corrigir os erros para sair com a classificação para a final — analisou Vini Guedes.
Neste Gauchão, Inter e Caxias já se enfrentaram duas vezes. Na primeira fase, no Beira-Rio, empate em 2 a 2. E, agora, pela semifinal, nova igualdade, em 1 a 1. Nos dois jogos, Vini Guedes foi titular. Um novo empate, em Porto Alegre, leva a decisão aos pênaltis. Quem vencer, estará na final
— A transição do Inter é muito forte. Eles têm um ataque muito rápido. É uma coisa que estamos tomando cuidado nos dois jogos e no Beira-Rio temos que reforçar essa parte. Será mais um jogo equilibrado e decidido no detalhe. Espero que o detalhe da vitória seja para nós sairmos classificados — finalizou.