O Esportivo tinha uma grande oportunidade de sair do Z-2. Bastava um empate contra o Ypiranga, na noite de terça-feira. Porém, após um primeiro tempo equilibrado, o time de Erechim tomou conta das ações e goleou por 3 a 0, deixando a situação da equipe alviazul muito delicada. Para ainda se manter na briga contra o rebaixamento, o grupo do técnico Carlos Moraes precisará pontuar diante do Juventude, sábado, às 19h, na Montanha dos Vinhedos.
O treinador não concedeu entrevista após a última partida. Porém, ontem, por meio da assessoria de imprensa do clube, respondeu alguns questionamentos e voltou a reclamar da arbitragem.
— O que aconteceu no jogo contra o Ypiranga pode ser avaliado como um acidente. Sabíamos que enfrentaríamos um time forte, bem montado técnica e taticamente, mas também estávamos bem preparados, tivemos uma semana inteira para isso. Tanto que, no primeiro tempo, jogamos em condições de igualdade e até tivemos boas chances para abrir o placar. No segundo tempo, infelizmente, um pênalti duvidoso, no meu ponto de vista, logo no recomeço da partida, acabou atingindo o psicológico da equipe e alguns erros acabaram acontecendo. Perdemos um jogo que não poderíamos perder — avaliou Moraes.
Com seis pontos em nove rodadas, o time alviazul tem mais dois desafios pela frente. Depois do Ju enfrenta o Inter, no Beira-Rio, na última rodada.
— O que podemos projetar para os dois próximos jogos é a vitória. É vencer ou vencer, independente de quem seja o adversário. A partir de agora só nos interessam as vitórias, para alcançarmos a pontuação que vai nos manter na Série A — destacou o treinador, que ainda analisou a campanha do time até aqui e voltou a questionar os erros de arbitragem contra o Esportivo:
— A situação em que nos encontramos é resultado, principalmente, das condições financeiras. Temos um orçamento muito abaixo do que a maioria das equipes que estão disputando a Série A, e isso prejudicou bastante a questão das contratações. O futebol exige que se tenha não só um time, mas um grupo de jogadores qualificados. Então, a gente não tem, hoje, o potencial necessário para bater de frente com as outras equipes. Nossa situação atual também passa pela arbitragem, muito precária. O Esportivo foi prejudicado em, praticamente, todos os jogos. Tivemos um pênalti por jogo, contra o Esportivo, ou quase isso.