O sábado (25) será mais um dia daqueles para entrar na história do basquete caxiense. Dentro de quadra, o Caxias terá mais um desafio duríssimo diante do Franca, atual campeão e invicto na temporada. Fora dela, a expectativa gira em torno de um grande espetáculo nas arquibancadas.
O ingresso ao jogo, diante da tradicional equipe paulista, será gratuito e a expectativa é de um ginásio do Sesi completamente lotado. Se o clima permitir, a partir das 14h, a concentração inicia com o Gambafest, no estacionamento do Ginásio do Sesi. A partida começa às 18h.
— É uma ideia da KTO, nossa parceira. Um presente deles para a comunidade. Ela arcou com todas as despesas que a gente tem, em função da bilheteria e tudo mais. É o que a gente está fazendo de diferente. Mandamos produzir bandeirinhas do Caxias Basquete, que vão ser o ingresso. Então, ao mesmo tempo em que tu acessa o ginásio, recebe a bandeirinha. A gente tem o controle e também dá um outro ambiente para o ginásio, em um jogo transmitido pela TV aberta — explica Rodrigo Barbosa, técnico e gestor da equipe caxiense, citando a transmissão na TV Cultura.
A conexão entre time e torcida tem sido um dos diferenciais nesta temporada. O Caxias Basquete ocupa a 11ª colocação no NBB e está com a vaga aos playoffs bem encaminhada. Ainda restam seis partidas até o final da fase de classificação, sendo que três — Franca, Unifacisa e Fortaleza — serão em casa.
— Nessa segunda temporada no Ginásio do Sesi, a gente tem um outro ambiente. A comunidade realmente entendeu o tamanho do basquete no Brasil, e o Caxias está envolvido nisso. Começamos a ter essa questão das pessoas chegarem antes para pegarem um melhor lugar na arquibancada. Tenho certeza que nós conseguimos consolidar o basquete como um esporte forte na cidade. A gente tem passado das 2 mil pessoas por jogo. Se a gente pensar que estamos falando de um esporte que não tinha tanta tradição em Caxias nesse nível, essa evolução tem nos deixado muito contentes — valoriza Barbosa.
Serão 4,8 mil lugares disponíveis no Ginásio do Sesi. Durante a tarde, das 14h às 17h15min, o clube estará distribuindo as bandeiras durante o Gambafest, até mesmo para evitar longas filas. Depois, a entrega ocorre nos portões de acesso ao ginásio.
— É mais um daqueles desafios difíceis, mas temos mostrado que a gente só sabe o resultado do jogo depois. O Franca é uma equipe que ainda não perdeu na competição, e na temporada, mas é um jogo que vale a pena assistir, além de todas essas atrações que a gente está proporcionando à comunidade de Caxias do Sul, junto com nossos parceiros. É um ambiente diferente, dá para levar a família. É um jogo muito dinâmico. E também, junto com isso, tem todas as ações que a gente vem fazendo, que têm surgido bastante efeito — disse o treinador da equipe caxiense.
Força do rival
O Franca tem uma verdadeira seleção em quadra. O trio brasileiro Georginho, Lucas Dias e Lucas Mariano tem a parceria do jovem ala/pivô Márcio, do experiente norte-americano David Jackson, do argentino Scala e do também norte-americano Smith, novidade para esta temporada. Até aqui, no NBB, são 26 vitórias em 26 jogos. O curioso é que no primeiro turno, em Franca, no dia 3 de dezembro de 2022, o Caxias esteve muito próximo de vencer. Os visitantes tinham um ponto de vantagem quando restavam poucos segundos e Georginho conseguiu a cesta que garantiu o triunfo dos paulistas por 84 a 83.
— Primeiro tu tens que conseguir parar o time de Franca, defender bem. Que foi o que conseguimos lá. A gente trouxe eles para o confronto e conseguimos sustentar isso. É um time que tem muita qualidade, mas que não gosta do jogo físico. Isso gera desgaste, intensidade. E a gente conseguiu isso lá. Mas, é claro, que estamos falando de algo que aconteceu lá atrás, era outra história. Agora, o Franca é um time que vem embalado — relembra Barbosa.
Para o jogo deste sábado, o treinador segue sem contar com Diego Conceição, lesionado. Mesmo com a dificuldade que será imposta pelo rival, Rodrigo Barbosa confia em um bom desempenho da equipe diante do seu torcedor:
— O NBB tem mostrado isso. Não teve nenhum jogo onde pensávamos que não tinha como ganhar. O jogo contra o Paulistano, fora de casa, foi o único em que tivemos um desempenho abaixo. Fora isso, todos os jogos nós tínhamos condição de vencer. E não vai ser diferente agora, desde que a gente faça aquilo que é necessário para se manter no jogo.