Ainda é cedo, mas o Juventude parece ter encontrado um camisa 9 que a torcida tanto queria. Artilheiro, oportunista e matador, Rodrigo Rodrigues marcou nos dois jogos em que vestiu a camisa alviverde no Gauchão. Mas para o time encontrar o equilíbrio tão desejado pelo técnico Celso Roth, uma peça ainda precisa se encaixar na mecânica de jogo da equipe: o camisa 10.
O Juventude foi buscar na Turquia a solução para os problemas de articulação no meio-campo. Fernando Boldrin, 33 anos, foi o escolhido. O meia deixou o Samsuspor, da segunda divisão turca, e vem buscando a melhor adaptação aos treinos, após quase oito anos no futebol da Romênia e da Turquia.
— Tenho certeza que ainda tenho muito a evoluir. Já estou me sentindo bem. Contra o São Luiz já ganhei uns minutos a mais em campo. Me senti bem, espero poder ter mais minutos e conseguir ajudar o Juventude, porque depositaram bastante confiança em mim. Então, espero retribuir — revela o meia.
O camisa 10 lamentou o empate diante da equipe de Ijuí, pela segunda rodada do Gauchão, quando o momento do Ju era para confirmar o bom desempenho diante do Inter, em Porto Alegre.
— Dói bastante porque a gente tomou um gol nos acréscimos. A gente tinha total controle da partida, tivemos chances de matar o jogo, mas, infelizmente, pecamos na finalização. Mas acho que é um início de trabalho. A equipe, principalmente no segundo tempo, se portou muito bem. Criamos várias chances de gol. Porém, a gente tem que marcar. Fica um gosto amargo com esse empate, mas é trabalhar para buscar o resultado na próxima rodada — aponta o camisa 10.
Apesar de iniciar o Gauchão com dois empates e sem vencer uma partida oficial desde o dia 24 de julho, Boldrin garante que o elenco vem evoluindo e está fechado com as ideias do técnico Celso Roth.
— A equipe vem melhorando. São vários jogadores novos, também não é fácil para o nosso treinador, que está conhecendo os atletas. Porém, a equipe vem se conhecendo melhor. Creio eu que, no segundo tempo, a gente começou a mostrar um bom futebol. Infelizmente, no final do jogo, tomamos um gol de bola desviada. A gente fica bastante triste, mas é levantar a cabeça e ir para o próximo jogo, contra o Novo Hamburgo, querendo os três pontos.
Para a partida no Estádio do Vale, na segunda-feira (30), Boldrin terá um bom período para se entrosar ainda mais com o grupo e, talvez, carimbar uma vaga entre os titulares. O clube ganhou seis dias de preparação para enfrentar o Novo Hamburgo. Até então, para chegar no nível desejado pela comissão técnica, Boldrin vinha entrando no segundo tempo dos jogos. Isso aconteceu no empate com o Inter, no Beira-Rio, e no 1 a 1 frente ao São Luiz, no Alfredo Jaconi. O atleta está sendo readaptado ao futebol brasileiro.
— O Celso é um treinador experiente. Já trabalhei com vários treinadores de nível. Acho que eu posso me encaixar no esquema dele. Quando eu entro em campo, ele me dá total liberdade para jogar. Ele quer que eu participe bastante do jogo. E nessa partida até aconteceu, mas não saí muito em evidência por causa do resultado. Tomamos um gol no final e isso prejudicou bastante o nosso trabalho — destacou o meia.
Para a campanha alviverde decolar no Estadual, Boldrin garante que a equipe sabe do peso que carrega nas costas, mesmo não tendo feito parte do ano desastroso de 2022.
— O aproveitamento só vai ser bom quando tiver vitórias, assistências e gols. Temos que nos adaptar e rápido ao campeonato, porque é tiro curto. Então, a gente não pode perder esse tipo de ponto jogando em casa. Mas, agora, a gente tem que ir contra o Novo Hamburgo e ganhar a partida. Não tem outro resultado que interessa para a gente a não ser a vitória.