A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou nesta semana o novo regulamento da Copa do Brasil de 2024. De acordo com o documento, a entidade irá extinguir as vagas para a competição via ranking nacional de clubes. A medida fortalece as federações estaduais, uma vez que 80 das 92 equipes se classificarão pelos torneios locais.
Em 21º no ranking da CBF, o Juventude tem vaga garantida na Copa do Brasil em 2023. O Verdão está entre as 10 equipes que conseguiram vagas via posição nacional. O presidente Fábio Pizzamiglio não gostou da alteração promovida pela CBF.
— É uma mudança que nos preocupa, porque obriga a gente a ir bem no Gauchão, do contrário teríamos que organizar um outro time para disputar a Copinha, no segundo semestre, para garantir a vaga. Seria outro investimento em meio ao Campeonato Brasileiro. O Juventude sempre apareceu bem no ranking e essa nova fórmula é ruim para o clube — admitiu Pizzamiglio.
Caso o regulamento estivesse valendo para 2023, o Verdão estaria fora da competição por ter amargado o 10º lugar no Gauchão, um acima da zona de rebaixamento. De acordo com Pizzamiglio, ainda não há a certeza de como ficará a distribuição das vagas. Em 2024, será utilizado o ranking das federações para a definição de quantas vagas cada uma terá direito a distribuir nos estaduais. O Rio Grande do Sul terá direito a cinco vagas.
FGF comemora vaga extra
A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) vai definir em janeiro para qual competição irá a vaga extra na Copa do Brasil de 2024 dada pela CBF ao Estado. Segundo o presidente da FGF, Luciano Hocsman, a ideia é não alterar o regulamento do Gauchão deste ano. Assim, o novo participante do torneio deverá ser definido entre a Copa FGF ou a Série A2 do Estadual. Hocsman considera que a medida vai valorizar as federações e as competições estaduais.
— Não só o Gauchão em si, mas fortalece todas as competições estaduais. Agora compete a cada federação essa definição. Com a situação de não ter o ranking, as vagas valorizam o Estadual. Tu tens uma chance de distribuição delas, o que também valoriza o Interior — ressaltou Hocsman em entrevista à GZH.
As federações mais bem colocadas, São Paulo e Rio de Janeiro, terão direito a seis vagas via competições locais; Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná vão ter cinco vagas; Ceará, Goiás, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso, Pará e Maranhão, terão três; enquanto os demais estados vão ficar com apenas duas vagas.