Na noite da quinta-feira (22), tão logo acabou a reunião do Conselho Deliberativo do Caxias, no Salão Nobre do Estádio Centenário, o presidente eleito Mário Antônio Werlang concedeu a primeira entrevista como mandatário grená.
Ao lado dos vice-presidentes eleitos João Luiz Conte e Jaime Bellicanta, o empresário de 61 anos respondeu aos questionamentos da imprensa sobre vários pontos da gestão que começa a partir do próximo 1º de outubro, quando termina o mandato de Paulo Cesar Santos.
O atual presidente, que no mandato de Werlang será o vice de futebol, foi também tema da entrevista. O novo dirigente grená explicou sobre a importância de PC na sua gestão, da efetivação de João Corrêa como gerente de futebol e de como o clube tem trabalhado na busca de um executivo de futebol, além de uma análise do trabalho do técnico Thiago Carvalho.
- O Thiago foi mantido porque nós achamos que ele fez um bom trabalho. Faltou alguma coisa no final? Faltou. Faltou material humano para ele. Mas, na nossa avaliação, foi um belo trabalho. Agora temos que dar condições para ele, junto com o novo diretor que nós vamos contratar, fazerem um trabalho melhor ainda ano que vem. Ele conhecendo o Caxias, já não é mais uma pessoa que chegou ontem, conhecendo a estrutura do Caxias, vai conseguir montar um time mais competitivo para o ano que vem, que eu acho que foi o detalhe que faltou para nós no final - explicou Werlang.
Confira alguns dos pontos tratados pelo novo presidente em sua primeira entrevista após a eleição.
INÍCIO DO TRABALHO
- Estamos começando uma nova fase dentro do Caxias e os nossos objetivos são os que a torcida quer. Queremos fazer para o ano que vem uma base forte no futebol, fazer um um belo de um Campeonato Gaúcho e o acesso para Série C. Esse é o nosso grande objetivo. Além de manter a instituição em dia como Caxias está hoje, dar continuidade à gestão atual, que nós consideramos que foi muito bem. Na questão social, trouxe público ao estádio, trouxe gente nova e basicamente nossos objetivos são esses.
OBJETIVOS DO ANO
- O nosso objetivo é conseguir o acesso. Primeiro objetivo é conseguir ser campeão do interior, vaga na série D e, lógico, queremos ser campeão gaúcho e vamos brigar por isso. Mas o objetivo do ano do Caxias para ele trocar de nível é conseguir o acesso na série D. Agora, não vamos fazer loucura para isso. Temos dois anos de gestão e queremos fazer uma uma gestão sustentável. Investir, fazer um belo plantel, mas dentro das possibilidades do Caxias. Não vamos prometer contratar jogador de série A porque nós não temos dinheiro para contratar jogadores de série A. Mas vamos buscar dentro de nossas possibilidades fazer o melhor time que podemos.
TRANSIÇÃO
- Estamos trabalhando em torno de 60 nessa transição. É um desafio novo para mim, para o João e o Jaime (vice-presidentes). Estamos assumindo o clube onde aceitamos o cargo com o compromisso de que as pessoas que fizeram esse belo trabalho no Caxias continuassem conosco e nos auxiliassem nesse novo trabalho. A transição foi bem tranquila em cima dessa continuidade.
PAULO CÉSAR SANTOS
- O Paulo César, hoje, é uma instituição dentro do Caxias. Ele assumiu o Caxias num período difícil, trabalhou muito pelo clube. E quando eu fui convidado a ser presidente, a primeira coisa que coloquei foi que as pessoas que estavam comprometidas com Caxias tinha que continuar conosco. E o Paulo César é uma delas. Ele vai ter uma função um pouco diferente do que tinha, vai trabalhar a questão do futebol mais administrativa, aproveitando toda a experiência que ele adquiriu nesses anos e, principalmente, no último ano, acumulando o cargo de presidente e no futebol. Ele será um pé de ferro, que vai estar cravado ali e todas as vezes que precisarmos, vamos nos apoiar nele.
TORCIDA
- O que aconteceu na final (eliminação na Série D para o América-RN nas quartas de final) foi muito triste, muito ruim para todo mundo. O torcedor que se revoltou não vai deixar de ser Caxias, porque na verdade subiu o sangue à cabeça. E esse é um torcedor que temos que trazer de volta. Queremos manter a base da torcida. Nós não queremos brigões aqui dentro, queremos torcedores que estejam junto com o Caxias e que cresçam junto com Caxias. Temos feito um trabalho muito grande na comunidade para atrair novamente a torcida e esse ano conseguimos. Ter novamente o Centenário com 15 mil pessoas, fazia muito tempo que não víamos isso. Queremos manter essa essa ideia para o ano que vem. E os que ficaram sentidos, a única coisa que podemos que nós também ficamos sentidos, muito sentidos, talvez até mais que eles. A única diferença é que talvez tenhamos esfriado a cabeça antes de tomar alguma atitude, mas faz parte do futebol.
VIDA PROFISSIONAL X PRESIDÊNCIA
- Olha, para te dizer bem a verdade, na minha cabeça ainda estou trabalhando essa situação porque eu tenho muitos compromissos profissionais. Tenho empresa para cuidar, tenho inclusive mais de uma empresa. Eu me envolvo muito nas empresas, elas dependem muito de mim, das minhas decisões. Mas para isso nós temos um time. Acredito que o João (vice) tem muita experiência, vai estar aí com a mesma responsabilidade que eu. Não é por eu estar na presidência e ele na vice, que ele vai ter menos responsabilidade que eu. O Bellicanta a mesma coisa, ele vai ter a mesma responsabilidade que eu ou mais, porque é mais experiente que eu. Queremos fazer um trabalho em conjunto. A nossa diretoria é a lista que tá aqui, é um trabalho em conjunto de todos né. Isso me alivia um pouco e talvez eu consiga trabalhar melhor minha questão profissional com a questão do Caxias. Mas em nenhum momento o Caxias vai ficar de lado, vai ser primeiro lugar na minha vida, com certeza.
PARTICIPAÇÃO DE NECO ARGENTA
- O Neco é nosso parceiro, é do coração, é coração Caxias e vai continuar conosco, tomando decisões junto de nós. Nossa diretoria será muito democrática. E com todos do Conselho (deliberativo) vamos buscar o máximo de informação e colaboração possível. O Neco é uma pessoa que está conosco e vai continuar, com certeza.