Depois de pouco resultado apresentado em seus trabalhos, o técnico e o executivo de futebol do Juventude pararam de tentar explicar a fraca campanha alviverde no Campeonato Brasileiro e começaram a dar desculpas. Após a goleada sofrida para o Fluminense, na quarta-feira (28), Umberto Louzer e Michel Alves voltaram ao Campeonato Gaúcho como foco maior para a desastrosa temporada de 2022.
Nem o treinador e nem o gerente estavam na disputa do Estadual, quando o Juventude, por muito pouco, não foi rebaixado para a Divisão de Acesso. Porém, do elenco atual, 12 atletas do grupo principal também não estavam. Se somados aos jovens Rafinha, Pará e Ruan, esse número sobe para 15. Além desses, o lateral-esquerdo Busanello e o atacante Paulinho Moccelin chegaram após o Gauchão, mas já deixaram o clube.
Seis reforços chegaram após o início do trabalho da dupla no Estádio Alfredo Jaconi: Bruno Nazário, Nogueira, Anderson Leite, Renato Chaves, Pegorari e Felipe Pires - sem contar o atacante Vitor Leque, que chegou na janela de transferências e não faz mais parte do grupo alviverde.
Além disso, nove jogadores que fizeram parte do grupo do Gauchão deixaram o clube: o goleiro Felipe Alves, os zagueiros Danilo Boza e Odivan, os volantes Darlan e Ricardinho, os meias Bruninho e Rodrigo Bassani, além dos atacantes Hélio Borges e Mauro Zárate. O lateral-esquerdo Dudu, atuou em três jogos no Estadual, foi emprestado ao Londrina, mas já retornou ao Juventude.
Do time que estreou no Gauchão sob comando de Jair Ventura, na derrota por 2 a 1 para o Inter, no Jaconi, em 26 de janeiro, Rodrigo Soares, Jadson, Chico e Capixaba foram titulares contra o Flu. Dos 16 jogadores que atuaram no último jogo do Estadual, quando o Juventude perdeu para o Brasil-Pel, no Bento Freitas, em 12 de março, na estreia de Eduardo Baptista, a lista é a mesma, com o acréscimo de Paulo Miranda.
Toda essa mudança no grupo de atletas e a chegada de um grande número de jogadores após a entrada de Umberto Louzer no comando do time, faz com que culpar a depressão pós-Gauchão soe mais como a tentativa de tirar sua dose de responsabilidade do que encontrar uma explicação. Em 15 jogos, o treinador conseguiu conduzir o time para apenas uma vitória. Louzer já tem mais partidas no Brasileirão do que seu antecessor, com aproveitamento abaixo e um nível de atuação inferior. Os problemas do momento talvez não estejam tão atreladas aos do passado.
Comparativo das escalações
JUVENTUDE 1X2 INTER - 26 de janeiro - Estreia no Gauchão
William; Rodrigo Soares, Danilo Boza, Rafael Forster (Moraes) e William Matheus; Jadson, Darlan e Chico Kim (Vitor Gabriel); Capixaba (Dudu), Guilherme Parede (Rodrigo Bassani) e Ricardo Bueno (Hélio Borges). Técnico: Jair Ventura.
BRASIL-PEL 1X0 JUVENTUDE - 12 de março - Última partida da primeira fase do Gauchão
César, Rodrigo Soares (Dudu), Paulo Miranda, Rafael Forster e William Matheus (Danilo Boza); Darlan (Guilherme Parede), Jadson e Chico (Gabriel Tota); Capixaba, Ricardo Bueno (Vitor Gabriel) e Isidro Pitta. Técnico: Eduardo Baptista
JUVENTUDE 2X2 BRAGANTINO - 11 de abril - Estreia no Brasileirão
César; Rodrigo Soares, Paulo Miranda (Thalisson), Rafael Forster e Busanello; Yuri (Darlan), Jadson e Chico (Edinho); Paulinho Moccelin, Capixaba (Oscar Ruiz) e Ricardo Bueno (Pitta). Técnico: Eduardo Baptista
FLUMINENSE 4x0 Juventude - 28 de setembro - 28ª rodada do Brasileirão
Pegorari (César), Vitor Mendes, Paulo Miranda (Jean Irmer) e Nogueira; Rodrigo Soares, Elton, Jadson, Chico (Gabriel Tota) e Capixaba (William Matheus); Felipe Pires (Guilherme Parede) e Isidro Pitta. Técnico: Umberto Louzer