O Juventude caminho a passos largos rumo ao rebaixamento no Brasileiro. Sob o comando de Umberto Louzer são 11 partidas, com seis derrotas, quatro empates e só uma vitória. Na competição, 17 pontos somados e oito de diferença para o 16º colocado, o Coritiba, primeiro time fora do Z-4.
Por tudo isso, a expectativa era de uma postura diferente do time no clássico Juve-Nal. O que se viu, especialmente após o primeiro gol sofrido, foi uma equipe apática e sem poder de reação. O diretor-executivo Michel Alves avaliou, em entrevista coletiva, o resultado e a atuação da equipe alviverde:
— Analisamos com indignação. Se criou uma expectativa, uma ótima semana de trabalho e, outra vez, não se confirma no jogo. A troca da comissão técnica não é o caminho. O resultado é muito ruim. Acompanhamos o dia a dia, o comprometimento da comissão. Não adianta eu vir aqui e explicar. Tenho que pedir desculpas ao torcedor.
Além de atletas que estavam suspensos e lesionados, casos de Marlon, Anderson Leite e Capixaba, outros jogadores mais experientes ficaram de fora da lista de relacionados, casos de Rômulo, Yuri, Jean Irmer, William Matheus, Vitor Gabriel, Ricardo Bueno e Vitor Leque. Segundo o dirigente, uma opção da comissão técnica e da direção.
— A opção da vinda dos 23 atletas ocorreu por decisão da comissão técnica durante a semana. Tivemos uma semana dura, de reuniões, de cobrança. O Juventude não afastou nenhum atleta. É uma opção. No jogo contra o Botafogo, cinco ou seis ficaram de fora. Colocamos alguns jogadores oriundos da base e, possivelmente, na próxima partida isso vai se repetir — avaliou o diretor-executivo, que ainda afirmou que não existe uma estratégia de utilizar mais garotos neste momento da Série A:
— Se entrou é porque tem condições. Eles fizeram uma semana de treinamentos bons, que os credenciou para entrar na partida. O Umberto tem essa confiança e segurança. É o momento. Temos que dar oportunidades aos jogadores que têm uma identificação com o clube e capacidade para isso. Agora depende deles para ter a segurança para trabalhar.
Por fim, Michel Alves ainda comentou o caso envolvendo o atacante Felipe Pires, que disse ao árbitro que ouviu o xingamento com conotação racial por parte de um torcedor colorado. O atleta alega ter escutado "Cala a boca, macaco".
— É algo lamentável, inadmissível. O atleta (Felipe Pires) está consternado e deve fazer um boletim de ocorrência. O pessoal do Inter ajudou, identificou o cidadão. É algo que se repete, é triste.