A carreira de Thiago Carvalho como treinador é recente. Em 2020, ele treinou seu primeiro clube, a Aparecidense-GO. No primeiro ano de trabalho, chegou a disputar o acesso à Série C contra o Mirassol, mas foi eliminado. No segundo ano, o técnico não deixou por menos. Sob seu comando, o time de Goiás conquistou o acesso e o título da Série D.
Apesar do Caxias ser seu segundo clube na beira do campo, Carvalho conhece muito bem as ações dentro das quatro linhas. Ele atuou por 12 anos como atleta profissional e jogou o Campeonato Brasileiro da Série A pelo Cruzeiro, em 2012.
— Comecei a jogar profissionalmente com 18 anos, no Vila Nova, em Goiás. Foram 12 anos jogando. Tive que parar antes, com 29 anos, devido ao joelho, não esperava. Mas já pensava em ser treinador. Depois, fui auxiliar na Aparecidense — contou o Thiago Carvalho, em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra.
O futebol está na vida do profissional desde criança. Seu pai foi treinador em Rio Verde, município onde Thiago Carvalho nasceu. Gercival Garcia também foi atleta no estado de Goiás e, na sequência, trabalhou no Rio-Verdense, clube da cidade. A curiosidade é que o filho chegou a ser treinado pelo pai.
— Vivo futebol há muito tempo. Meu pai era treinador, acompanho ele com 15 e 16 anos. Vim do futsal, dos 6 aos 14 anos. Sempre me levou e acompanhou todo o meu processo. Ele me treinou antes de eu ir para o Vila Nova, no sub-15. Fui bem em um campeonato e depois fui para o Vila, onde fiquei seis anos. Ele sempre me cobrava, nunca misturou as coisas, precisa me dedicar — revelou o atual técnico do Caxias.
DO FUTSAL AO CAMPO
Thiago Carvalho começou no esporte através do futsal. Zagueiro técnico, ele afirma ter adquirido as suas convicções no futebol dentro das quadras. Contudo, migrou para o campo vislumbrando mais oportunidades na carreira. O técnico trouxe para o campo alguns ensinamentos do futsal, como as jogadas ensaiadas.
— Sempre fui muito apaixonado por futsal, mas o campo te dá muitas alternativas. No campo, tive muita dificuldade nos primeiros anos. Mas, tecnicamente falando, o futsal te dá muito conteúdo técnico. Depois que passei essa dificuldade foi bem tranquilo. Todas as minhas convicções veem do futsal e tento usar no campo. Muitas jogadas ensaiadas. Ano passado fizemos três gols de escanteio em jogadas ensaiadas vindas do futsal — admitiu.
Carvalho carrega uma marca como jogador. Apesar de ser zagueiro, ele sempre marcou gols por onde passou. Ele defendeu Vila Nova-GO, América-SP, Cruzeiro-MG, Boa Esporte-MG, Ceará-CE e Aparecidense-GO. Em todos, balançou as redes.
— Sempre fiz bastante gols. Comecei no Vila. No primeiro estadual, fui artilheiro do time sendo zagueiro. No Boa Esporte, era Série B do Brasileiro e segunda divisão do Mineiro. Fiz o gol do acesso e do título. A gente fez uns golzinhos, isso é legal — lembrou o ex-atleta.
REFERÊNCIAS EM CAMPO
O jovem técnico tem como ídolo no esporte o piloto brasileiro Ayrton Senna. Ele destaca o caráter do profissional defendendo as cores do Brasil nas pistas. Já dentro das quatro linhas, se espelha no modelo de jogo de Pep Guardiola, treinador do Manchester City.
— Pelo modelo de jogo o Pep Guardiola é referência, mas sou um cara que tenta pegar um pouco de todos. O perfil do Diego Simeone de mexer e brigar. Vou pegando tudo isso, são referências de treinadores de sucesso — justificou Carvalho.
Entre os técnicos que trabalhou, o comandante grená se identifica muito com Givanildo de Oliveira, pelo perfil de gestão de grupo e tratamento com as pessoas. Já entre o futebol de resultado e o futebol bonito, Carvalho fica com a última opção.