Um dos assuntos mais relevantes na atualidade no futebol brasileiro é sobre os clubes organizados como empresas. A aprovação da Lei 14.193, chamada "Lei do Clube-Empresa", no ano passado, possibilitou o surgimento das Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs). No Brasil, os principais exemplos são Cruzeiro e Botafogo. Outros estão em processo de discussão sobre o tema. É o caso do Juventude.
A diretoria executiva do clube, o Conselho de Administração e Conselho Deliberativo já abriram esse debate. Os dirigentes já conversaram e ouviram especialistas sobre o assunto. O planejamento é estar preparado e, assim, quando surgir alguma proposta, poderá analisar com o conhecimento necessário.
O Juventude tem um pensamento que é um clube viável para investidores, porque não precisará pagar contas enormes, como em outros clubes que já fizeram a SAF, e sim investir mesmo.
— O clube está atento ao assunto SAF e toda e qualquer modernidade. São coisas que nós precisamos aprender e saber. A diretoria tem acompanhado bastante isso e a Liga também. Foi passado para o presidente do Conselho dar uma atenção especial. Já tivemos algumas palestras de especialistas sobre o assunto. O pensamento é ficar pronto e preparado para alguma situação que poderá surgir. Hoje, não tem absolutamente nada e não estamos procurando — afirmou Osvaldo Pioner, vice-presidente de futebol do Juventude.
Recentemente, surgiu um boato que o Juventude poderia ser vendido para um grupo de ex-jogadores e um cantor. No entanto, não há absolutamente nada.
— Sobre SAF, saiu algum comentário nas redes sociais de uma parceria com ex-jogadores do Juventude e até um cantor. Não chegou nada para gente. Com a direção do Juventude não existe nada sobre isso. Estamos trabalhando internamente para criar uma cultura de criação da SAF. Já fizemos várias reuniões do conselho deliberativo e da direção para essa constituição. Estamos amadurecendo a ideia — comentou Paulo Stumpf, vice-presidente de administração e Finanças.
Um passo importante realizado pelo Juventude foi a contratação de uma empresa especializada em "valuation", ou seja, saber a estimativa do valor de mercado do clube. Em no máximo 40 dias, a direção alviverde receberá quanto valor o Ju.
— Estamos fazendo um Valuation do clube (análise para saber o valor do Juventude), que é um passo antes da constituição da SAF. Contratamos uma empresa e já assinamos o contrato para começar a fazer o trabalho. Num período de 30 e 40 dias, vamos ter o valor do clube. Hoje, temos uma ideia do valor do clube, mas não temos o valor exato. Essa valorização teremos nos próximos dias — explicou Paulo Stumpf.