Após conquistar o objetivo da permanência na Série A do Brasileiro com o Juventude, o técnico Jair Ventura tem um novo desafio neste início de 2022. Com perdas importantes no elenco e 11 reforços contratados até agora, a missão passa a ser encontrar uma formação ideal, mesmo com um período restrito de preparação.
O grupo alviverde se reapresentou, em sua grande maioria, em 10 de janeiro. Sendo assim, são apenas duas semanas de atividades antes da estreia no Gauchão, contra o Inter, nesta quarta-feira, às 16h, no Alfredo Jaconi.
Em entrevista ao Show dos Esportes, na Rádio Gaúcha Serra, na última sexta-feira, o treinador falou sobre a pré-temporada e o que ele espera para essa largada da competição:
– Não adianta ficar reclamando. A gente sabe que o período é curto mesmo e temos de dar uma boa resposta aos nossos torcedores. Também sabemos que depois de perder jogadores importantes, como Sorriso, Michel Macedo e Dawhan, vamos precisar de um tempo maior para a remontagem do time. Estamos trazendo jogadores muito interessantes para que possamos ter um ano ainda melhor do que em 2021.
Na hora das contratações, o Juventude trabalha com a concorrência de outros clubes da elite do futebol nacional. Ainda sem ter o orçamento definitivo da temporada neste primeiro momento, é necessário apostar em jovens, como o meia Rodrigo Bassani e o atacante Hélio Borges. Por outro lado, o clube conseguiu oportunizar à comissão técnica, já no Estadual, um elenco com mais opções de qualidade do que em anos anteriores.
– É uma realidade do Juventude de ter no primeiro semestre não todos aqueles jogadores que vão terminar o ano. Por uma questão financeira. Não temos condições de trazer todos agora para o ano. Mas é uma situação de cumprir os nossos compromissos. Dia 5 é dia 5. A direção tem sido muito rigorosa com isso e é uma arma que nós temos no mercado – aponta o treinador, citando a principal característica do grupo que está se formando:
– O que a torcida pode esperar desses jogadores é a criação o mais rápido de uma identidade de time. Uma equipe organizada, competitiva e que em cada jogo será o mais importantes das nossas vidas. É dar sequência ao que foi feito em 2021, no modelo de jogo, com a chegada dos novos atletas, e, principalmente, sofrer menos do que na reta final do Brasileirão.
SINERGIA
Contratado para a reta final da Série A, com o objetivo de manter o Ju na elite, Jair Ventura conseguiu, por atitudes e resultados dentro de campo, conquistar o torcedor. A sinergia entre o comandante, os atletas e os jaconeros foi fundamental em 2021. Para que isso se repita neste ano, o técnico valoriza o trabalho de todos os eolnvolvidos com o fute do clube.
– Não acredito em sucesso sem sinergia, sem ter um ambiente leve e saudável. Não acredito em um cara bom de trabalho que não tenha caráter. As coisas vão se conectando e se identificando com quem, como no meu caso, joga junto na beira do campo – destaca Jair.
Na montagem do grupo, fica clara a intenção de ter jogadores com características diferentes para cada setor. Além disso, observar atletas polivalentes e que possam oferecer alternativas distintas no decorrer das partidas. No momento, a principal carência está no ataque, a partir da saída de Sorriso. Para atuar pelos lados de campo, Jair Ventura conta com apenas três alternativas: Guilherme Parede, Capixaba e Hélio Borges.
– Ainda não estamos fechados. Nunca falo sobre possíveis contratações, pela força financeira dos nossos rivais. Podemos ter reforços ainda no Gauchão, mas a gente tem que trabalhar em silêncio para não atrapalhar o negócio. Fica bem claro com a saída do Sorriso que precisamos buscar atletas para essa função de extrema – projeta o técnico.