Feliz e aliviado. Assim estava o técnico Jair Ventura após o jogo contra o Corinthians e a confirmação da permanência do Juventude na Série A de 2022. O treinador foi um dos grandes responsáveis pelo objetivo maior da temporada ter sido alcançado. Foram 11 jogos, com cinco vitórias, três derrotas e três empates. No Jaconi, terminou invicto.
— Muitas pessoas me disseram do risco, quando vim para cá. Estava na zona do rebaixamento e não era hora de pegar, o ano já está acabando. Eu sou movido a grandes desafios. Fracassar e ter êxito faz parte da vida. Eu aceitei esse desafio e muito confiante no elenco que aqui estava. Um elenco enxuto, mas bastante competitivo. Mérito do presidente, do Pioner e do Barbarotti que montaram esse elenco. Eu sabia da nossa força jogando aqui em casa. Fizemos nosso dever e não nos preocupamos com os demais jogos — disse o técnico, que completou sobre os fatores que ajudaram na conquista:
— Não tem segredo. É trabalho. É o poder de persuadir o atleta e passar confiança. Foi isso que nós fizemos. Desde que chegamos nossa média de finalizações aumentou. Conseguimos marcar muito e criar bastante.
No Alfredo Jaconi, além de invicto com Jair Ventura, o Juventude teve quatro vitórias seguidas nos últimos jogos. O treinador chegou ao clube com rótulo de "defensivista", mas transformou o Verdão numa equipe muito mais ofensiva e com maior produção no ataque.
— Muitas vezes, pagamos o preço por rótulos em um jogo. Fora de casa, vão dizer que sou reativo, mas em casa finalizamos muito. Fico tranquilo, porque quando ganhamos ninguém fala dos rótulos. Fico feliz de encerrar esse ano e ter um rótulo bom de deixar o Juventude na Série A, como fiz com o Sport ano passado — comentou.
Contra o Corinthians, Jair Ventura mudou a estratégia. Sem os laterais Michel Macedo e William Matheus, optou por três zagueiros e usou Capixaba como um ala. Surpreendeu a todos.
—Nós jogávamos numa linha de quatro e perdemos dois jogadores. 50%. Dois jogadores equilibrados e o Paulo é um ala, extremamente ofensivo. Para potencializar o Paulo, fizemos uma linha de três e abrimos um atacante. O Capixaba fez um grande jogo como ala. Por isso a mudança. Se eu tivesse o Michel e o William não iria fazer isso — explicou.