A tarde desta quarta-feira (17) foi marcada pelo evento de lançamento e apresentação das medalhas da 24ª edição das Surdolimpíadas de Verão 2021, no Auditório da CIC Caxias do Sul. É a primeira vez que os Jogos serão realizados na América Latina, sendo assim, o maior evento poliesportivo da história do Rio Grande do Sul, reunindo mais de 6 mil atletas de quase 100 nações, entre 1º a 15 de maio de 2022, em Caxias do Sul. As medalhas foram confeccionadas na cidade, pela empresa Bella Donna, pesando 412 gramas, e tem como detalhe o desenho de uma uva.
Estiveram presentes no evento de apresentação, o CEO do Comitê Organizador, Richard Ewald, a vice-prefeita de Caxias do Sul e Presidente de Honra do Comitê Organizador, Paula Ioris, além do Secretário Estadual de Esportes e Lazer do Rio Grande do Sul, Danrlei de Deus, medalhista olímpico com a seleção brasileira de futebol, em Atlanta, em 1996.
Primeiro a falar, Ewald reiterou a importância dos valores que sustentam a estruturação do movimento olímpico.
— Celebramos hoje os três principais valores do movimento olímpico: a Excelência, a Amizade e o Respeito. A partir desses pilares, junto ao Comitê Internacional de Esportes para Surdos (ICSD), temos como objetivo colocar o esporte a serviço do desenvolvimento harmonioso da humanidade, com a visão de promover uma sociedade pacífica preocupada com a preservação da dignidade humana. Orientados por essa visão, o Comitê Organizador estabeleceu estratégias que visam não apenas realizar jogos e boas competições, mas também, oferecer uma organização que permita consagrar a superação de atletas, a quebra de recordes e, sobretudo, o reconhecimento dos melhores atletas do mundo, com medalhas que perpetuarão as suas conquistas — destacou Ewald.
Em seguida, Paula Ioris enfatizou a satisfação e a responsabilidade que um evento da magnitude das Surdolimpíadas reflete em Caxias do Sul, que terá a atenção do mundo inteiro:
— É com muito orgulho que acolhemos esse maravilhoso evento, de grande dimensão. Sabemos que um evento dessa ordem traz muitas responsabilidades, as quais nós acolhemos com muito carinho e empenho, pois sabemos que a nossa cidade vai estar sendo vista no mundo, por conta dessa competição. Que tenhamos um evento que seja reconhecido por todos, e nos cabe fazer o melhor, com trabalho, técnica e organização.
Por fim, o ex-goleiro Danrlei salientou o impacto da prática esportiva na vida das pessoas, junto ao trabalho de inclusão social que é realizado pelo Comitê Organizador das Surdolimpíadas e pela Secretaria Estadual do Esporte e Lazer do RS, além de relatar suas experiências vividas no esporte e, principalmente, na conquista da medalha de bronze de 1996.
— Consegui vencer em minha carreira como jogador de futebol porque, além de qualquer técnica e de qualquer treinamento, sempre fui um apaixonado por esporte e coloquei o coração em cada passo da jornada. Sempre defendi a prática esportiva por todas as pessoas como forma de promoção da saúde física e mental, necessidade essa que se tornou ainda mais evidente em função da pandemia, além de considerá-la um poderoso instrumento de inclusão social e desenvolvimento da cidadania. Muito se fala, hoje em dia, de inclusão, mas é preciso que se vá muito além do apoio moral. É preciso que se contribua, cada um de sua forma e com suas possibilidades, para fortalecer cada vez mais este evento — destacou o secretário.