O Caxias do Sul Basquete estreia na temporada 2021/2022 do Novo Basquete Brasil (NBB) com alguns jogadores de característica bem claras. Dos três jogadores que foram contratados ou que vieram de fora e permaneceram da última temporada, cada um traz consigo características que podem levar o time da Serra a uma temporada de sucesso.
O primeiro jogo será contra o Minas, a partir das 20h desta quarta-feira (27), no Ginásio do Sesi.
O incansável
Quando os companheiros dizem que Eddy é um líder pelo exemplo, estão falando da forma como o ala se dedica no dia a dia. Para o capixaba de Vitória, não há horário certo para treinar.
— Aprendi muito isso quando cheguei no Paulistano e trabalhei com o Gustavo (de Conti, atual técnico do Flamengo e da seleção brasileira). Não tínhamos muito tempo para treinos extras. Mas via meus ídolos na NBA, Kobe Bryant, Scottie Pippen, e pegando o que os caras fazem, e todos falavam que eles eram os primeiros a chegarem e os últimos a saírem — explica Eddy, que não encontra barreiras para realizar seus treinamentos e traz do rival dessa noite um ensinamento:
— Acho meus horários, às 5h ou às 22h. Sou um cara totalmente treinado. Se não tiver treinado, não estarei com confiança para o jogo. Todo dia tenho que estar ali, fazendo um pouquinho. O Léo Costa, técnico do Minas, me falava que não adianta só estudar no dia da prova, tem que se o ano inteiro.
A história
A quarta passagem de Cauê pelo Caxias Basquete só está ampliando a ligação do jogador com a cidade. Natural de Franca-SP, o armador coloca o time como referência na sua vida.
— Ainda não consigo mensurar a importância do Caxias do Sul Basquete na minha carreira. Tenho para mim que é minha segunda casa, onde as conquistas mais bacanas da minha carreira vieram. Todos os outros clubes tiveram sua importância, mas Caxias do Sul tem um gostinho especial para mim. Carrego isso com muito orgulho, muita alegria, mas também com uma responsabilidade enorme — diz Cauê.
A última vez em que a torcida pôde acompanhar ao vivo um jogo do Caxias Basquete no ginásioPe, Cauê defendia o time. A reestreia dele na equipe e o reencontro com a torcida fazem a noite ser ainda mais especial.
— Uma noite de muita expectativa, que por muito tempo sonhamos. O esporte de alto rendimento não faz sentido sem a presença do público. Isso faz de um momento de muita ansiedade, mas cabe a nós saber dosar isso.
A afirmação
Aos 26 anos, o brasiliense Pedro Mendonça vai para seu oitavo NBB, sendo o terceiro no Caxias Basquete. E o time gaúcho tem parte especial na sua história. Quando chegou pela primeira vez, em 2017, o ala/armador ainda buscava seu espaço. Reserva no início daquela temporada, ganhou espaço e se tornou muito útil na reta final do NBB 10.
A volta ocorreu no ano passado, quando o time o proporcionou novamente sequência de jogos após uma passagem marcada pelas lesões no Brasília.
A temporada atual é tratada como o momento de afirmação para o jogador, que se baseia no grupo para atingir esse objetivo.
— É uma temporada em que espero ajudar o time dentro e fora da quadra. É consequência. Se formos bem coletivamente, o reconhecimento individual vem naturalmente. Mas primeiro o coletivo — afirmou Pedro.
Na temporada passada, além de ala/armador, Pedro precisou cumprir outras funções em quadra por conta de lesões e suspensões dos armadores. Apesar de não ser comum, a variação de função não chega a ser novidade para o jogador, que contou com boas inspirações desde o início da carreira.
— Antes de virar profissional, sempre joguei de armador. Já sabia como fazer. É diferente, não é minha primeira posição, mas já joguei com Fúlvio, Nezinho, Helinho, que hoje é técnico do Franca, e foram jogadores que fui buscando umas dicas e quando a oportunidade veio eu estava pronto. Esse é o segredo. Tem que estar pronto porque a oportunidade não avisa — concluiu o ala.