Quem acompanhou o jogo do Juventude diante do Cuiabá percebeu que o time alviverde foi superior do início ao fim. No entanto, mesmo que tenha apresentado mais volume ofensivo, com mais finalizações, mais posse de bola e com mais oportunidades, a efetividade dos visitantes falou mais alto. Com a derrota, o Ju inicia o segundo turno com um tropeço em casa e fica mais próximo da zona do rebaixamento. O técnico Marquinhos Santos lamentou o resultado negativo, mas valorizou os números positivos da equipe.
— Saímos lamentando a derrota. Vale ressaltar estatisticamente que tivemos 17 finalizações nossas, foram trocados 554 passes, tivemos 63% de posse de bola. Foi praticamente um jogo de ataque contra defesa. O Cuiabá teve três finalizações no nosso gol e foi efetivo nas duas oportunidades. É daqueles jogos que se ficássemos mais dois dias, não sairia o nosso gol. Tem jogos que são assim. Temos que levantar a cabeça, porque estamos no caminho. Enfrentamos um adversário que nos últimos quatro jogos venceu três e empatou um. Sabe jogar fora de casa, tanto que venceu o Palmeiras em São Paulo — avaliou o técnico Marquinhos Santos.
Após a grande atuação contra o Corinthians, o Juventude voltou a repetir o rendimento diante do Cuiabá. Porém, mais uma vez não saiu com a vitória. Diante dos paulistas, o resultado positivo escapou no final. Contra os mato-grossenses foi na efetividade do adversário. O Juventude tem sido uma equipe propositiva, mas com dificuldade de converter as chances criadas. Para o técnico Marquinhos Santos, não é uma postura mais reativa que vá mudar isso.
— É difícil, porque contra o Corinthians tivemos a mesma estrutura tática e a mesma maneira de jogar. Quando vem de um resultado contra o Corinthians, tudo é elevado. Quando perde em casa para o Cuiabá, parece que foi perdido. Contra os grandes, quando se comporta bem, nem tudo está certo. Como nem tudo está errado, quando perdemos para o Cuiabá, que teve seu mérito — disse o treinador.
Pelo segundo jogo seguido, o Juventude tem volume ofensivo superior ao adversário, mas não é efetivo e isso custa o resultado. No entanto, essa é uma evolução nítida da equipe, que no início da competição pouco criava ofensivamente. Agora, precisa ser mais incisivo para conseguir os resultados.
— No início do campeonato, nós tínhamos poucas oportunidades e éramos cobrados quanto a isso. Hoje, a equipe já encontra um equilíbrio maior, não sendo reativo e sim mais propositivo. As oportunidades estão aparecendo. É uma questão de sequência de trabalho. É ter o equilíbrio emocionado, mental, racional. Não achar que nas vitórias está tudo certo e que nas derrotas está tudo errado — afirmou o técnico alviverde.
O Juventude inicia o segundo turno com uma derrota em casa para um adversário direto. Com isso, o Verdão está somente dois pontos a frente da zona do rebaixamento. É um momento importe e que exige habilidade para cuidar e não ingressar no Z-4 nas próximas rodadas.
— Temos que manter o equilíbrio. Sempre foi claro o nosso objetivo. Sabemos onde estamos e o que queremos e onde podemos chegar — finalizou Marquinhos.