Em 340 dias, praticamente um ano, a vida pode mudar completamente. A história é escrita com dificuldades e redenções. No futebol, não é diferente. Enredos são traçados e personagens se destacam. No Juventude, esse contexto pode ser empregado ao meia Wagner, 36 anos. O jogador chegou ao clube em setembro do ano passado, ainda na Série B. No período de um ano, enfrentou uma grave lesão, a covid-19, até virar protagonista em um jogo pelo Brasileirão.
— A melhor sensação do mundo. Lugar de jogador é dentro das quatro linhas. Fazer o gol de empate e depois a virada, foram gols de final de Copa do Mundo. Que venham mais gols, vitórias e assistências — comentou o meia.
Wagner foi apresentado em setembro do ano passado. O experiente meia chegou para ser um dos protagonistas alviverdes na Série B do Brasileiro. No entanto, no dia 29 de outubro, machucou o ligamento cruzado anterior do joelho no jogo contra o Grêmio, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Foram oito meses de recuperação até o retorno em junho deste ano.
— Era muito difícil quando chegava quarta e domingo. Eu ficava de fora vendo os companheiros, mês após mês, porque demanda recuperação. É muito difícil. Haja família e amigos que possam ajudar e dar suporte. Tudo isso, faz a diferença. Nesses oito meses, era complicado. Demorou demais. Foi um aprendizado — relembrou Wagner.
O jogador voltou justamente contra o Grêmio. Foi relacionado pela primeira vez na vitória contra o Tricolor, por 2 a 0, no Brasileirão. A primeira partida com os primeiros minutos no retorno foi diante do Atlético-GO. Ele entrou no empate em 1 a 1, no Estádio Alfredo Jaconi. Foram 10 minutos em campo. A volta de fato foi diante do Bragantino. Dessa vez, com mais tempo. Entrou no intervalo e marcou dois gols. Os gols da vitória de virada.
Foram mais de 250 dias dias longe dos gramados. Quando voltou, ainda teve que se recuperar de Covid-19. Agora, quer continuar o bom momento com a boa campanha do Juventude.
— Já fui campeão e vice do Brasileirão e uma coisa que aprendi é que cada jogo é uma final. Não adianta olhar para trás e olhar para daqui três ou quatro partidas. Cada jogo é uma final. Com esse espírito, vamos longe. Por experiência, prefiro disputar jogo a jogo — analisou o meia, que completou:
— Sempre fazemos planos para alcançar os objetivos no final. Eu estou vendo que o percurso não é fácil. Estamos indo bem. O Campeonato Brasileiro exige muito. Têm equipes que estão reforçando. O primeiro ano após 14 temporadas. Temos que manter a boca fechada e trabalhar para caramba. Vamos surpreendendo para chegar no final com o dever cumprido.