O Cuiabá, adversário do Juventude na primeira rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, é um clube-empresa e gerido pela família que trabalha no ramo da indústria da borracha com tecnologia para recapagem de pneus para caminhões, tratores e colheitadeiras. Assim como o Ju, o time mato-grossense também conseguiu o acesso na última Série B.
Cristiano Dresch é o vice-presidente. Além dele, o irmão e o primo também ajudam a comandar clube. O pai e o tio são os donos, os investidores. A família do avô de Cristiano é do Rio Grande do Sul, de Lajeado. Portanto, o pai, Manuel, é um dos donos do Cuiabá. Alessandro Dresch, um dos filhos, é o presidente. Cristiano é o vice que comanda o departamento de futebol.
— O Cuiabá sempre foi empresa. É um clube que já nasceu assim. A gente não tem nenhuma ligação com futebol, ninguém da nossa família jogou futebol. Quando começamos a patrocinar, depois compramos em 2009, a gente imaginou que o time poderia crescer. O modelo clube -empresa, um tema que está em alta pela lei que será aprovada, é acho que não basta ser só empresa. Os clubes têm que ter filosofia de organização. Neste modelo, é algo que ajuda muito e facilita nosso dia a dia. O clube anda mais rápido, toma decisões mais rápidas, um quadro de funcionários mais enxuto e que consiga controlar os custos. Isso reflete na capacidade de investimento do clube — comentou Cristiano.
O investimento, que é familiar e também de patrocinadores, terá uma folha de pagamento que pode chegar até R$ 5 milhões, mas ainda está longe desse número, porque o clube entende que está com dificuldade de contratar jogadores devido aos valores e a qualidade apresentados no mercado. O orçamento anual do Cuiabá chegará a R$ 60 a 70 milhões, três vezes maior que no ano passado na Série B.
Para esse ano ano, foram 17 contratações: o goleiro Walter, os laterais João Lucas e Uendel, os zagueiros Paulão, Walber, Marllon e Joaquim, os volantes Camilo, Pepê, Uillian Correia e Yuri, o meia Murilo Rangel e os atacantes Elias, Clayson, Jonathan Cafú, Guilherme Pato e Osman.
— O Cuiabá terá uma folha competitiva comparando com a segunda parte da tabela. Vamos ter uma capacidade boa de investimento. O mercado deixa muito a desejar quanto a opções de atletas. Nós temos a capacidade de investir, mas não encontramos jogadores que acreditamos que cheguem e façam a diferença. Não tem essa disponibilidade. Fizemos uma mescla de jogadores que conhecem a competição e que irão agregar dentro e fora de campo — disse Cristiano, que completou:
— Procuramos contratar jogadores que conhecem a Série A. Um ou outro estamos fazendo apostas. Fizemos a manutenção de alguns jogadores que estavam no ano passado. Imaginamos que nosso time levará algumas rodadas para ganhar um entrosamento.
Por fim, o dirigente comentou sobre a Série A e o Juventude, adversário da primeira rodada do Brasileirão:
— A Série A é um campeonato muito difícil. A tabela é dividida. Tem os clubes que brigam pela parte de cima e outros pela segunda parte. Cuiabá e Juventude são duas equipes que meta clara que é a manutenção. Com certeza, é um jogo de confronto direto. É o famoso jogo de seis pontos. Acompanhamos bastante o Juventude no Gauchão.