Com o pior momento da pandemia no Brasil, o debate sobre uma possível parada do futebol reascendeu. O governador Eduardo Leite admitiu conversas com o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsmann, sobre a paralisação do Campeonato Gaúcho, a partir da próxima rodada.
— Estou em contato com o presidente da Federação. Podemos ter decisões nos próximos dias. Em princípio esta rodada (terceira) acontece, mas trabalhamos com a lógica de eventualmente suspender as próximas rodadas do Campeonato Gaúcho. Estamos analisando e acompanhando este tema — comentou o governador Eduardo Leite, na transmissão ao vivo realizada na última sexta-feira (5).
O Rio Grande do Sul permanece em bandeira preta até o dia 21. Neste cenário, o futebol deve ou não continuar as competições? O que pensam os técnicos de Caxias e Juventude sobre o tema?
— É um tema que vem sendo muito discutido. Creio que as autoridades sanitárias e da saúdem sabem o que deve ser feito. Nossa diretoria está em contato com todos esses departamentos. Creio que o melhor seja feito. A gente precisa pensar primeiro na saúde e nos preservarmos quanto a esse risco que tem tomado conta do mundo, em especial ao Brasil e ao Rio Grande do Sul, que se encontra num momento delicado. A gente torce que a vacina venha o quanto antes. Eu creio que a secretária de saúde de Caxias, quanto do Estado e a diretoria do Juventude estão muito atentos para que a gente possa ser conduzido da melhor forma possível — analisou Marquinhos Santos, técnico do Juventude.
— Não é uma questão que cabe a nós treinadores. A gente não tem conhecimento na área para opinar. Eu vejo que está dando bastante polêmica. Tem uns que acham que tem que parar, outros não. Não estou em cima do muro, eu respeito todas as opiniões. Acho certo quem diz que o futebol é seguro, porque somos testados a cada três dias. Também entendo quem diz que tem que parar, porque é perigoso. O que preocupa de uma possível paralisação são os clubes menores. No ano passado, tive amigos que tiveram que abandonar a carreira. Em time grande, ou até mesmo aqui no Caxias, seria fácil falar pra parar, porque são clubes organizados, mas temos que pensar nos colegas também — afirmou o técnico Rafael Lacerda, do Caxias.