Após a eliminação no Gauchão, o foco do Juventude é todo na Série B. O momento é de avaliação interna para possibilidade de saídas — como de Fábio Matos, Caíque Valdívia e Edcarlos — e também chegada de pelo menos três reforços. Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha Serra, o vice-presidente de futebol alviverde, Osvaldo Pioner, comentou sobre o planejamento, objetivos e a busca pelo reforço de peso, a famosa "cereja do bolo".
— Estamos dando atenção para aqueles que entendemos que não vão ter grande oportunidade este ano. É melhor emprestar, que eles joguem e tenham ritmo em outro lugar para não prejudicar a carreira deles. Uma atenção mais especial com os meninos da base. Se um ou outro ainda não correspondeu a contento, vamos tentar emprestar para desenvolver seu futebol — comentou Pioner.
Nos três jogos do Gauchão, o técnico Pintado escalou três times diferentes. Era o planejamento para dar oportunidade para o maior número possível de atletas e observar quem poderia ser utilizado na sequência do ano. Na Série B, isso não irá acontecer.
— As experiências eram necessárias. Nós não vamos saber no meio de um campeonato se é melhor jogar com dois volantes de marcação. Esse era o momento. Agora na Série B, somos contra. Acabaram as experiências. Para um grupo com oito contratações, nós fomos obrigados a fazer (as experiências) e não teríamos outros jogos para isso — analisou o dirigente.
O Juventude pretende repor possíveis saídas. O clube já busca a contratação de um zagueiro e também um meio-campista próximo às características de Renato Cajá, mas encontra dificuldade pelo alto valor.
O mercado começa a se movimentar. Tanto para chegadas de novos reforços, quanto para possíveis saídas. Clubes de Série C e D já demonstraram interesse em jovens do Juventude como o lateral-direito Igor, o lateral-esquerdo Felippe, o volante Bruno Camilo e o atacante Caprini, que está emprestado ao Esportivo.
— Têm muitos clubes pedindo, do interior de São Paulo, que vão disputar as Séries C e D, do Rio de Janeiro, do Paraná. Têm três ou quatro situações. Alguns pedem para liberar pagando parte do salário. O Bruno Camilo também já pediram, o próprio Caprini. Agora, os clubes também começam a reforçar — revelou Pioner.
Série B e a cereja do bolo
O Juventude nunca escondeu o desejo de contratar um grande nome para o time. Na gíria do futebol, a "cereja do bolo". No entanto, as dificuldades financeiras em decorrência da pandemia atrasaram esse processo, mas a direção não desistiu e busca parcerias para viabilizar uma peça importante para a equipe.
— Com a pandemia, acabou ficando mais difícil para nós. Estávamos indo muito bem na campanha de sócios. A gente tinha combinado que o aumento dos sócios seria canalizado para a famosa "cereja do bolo". Realmente, estávamos levando a sério. Então, nossa força, enquanto não tiver um fato novo, um patrocínio diferente, ou uma empresa com aporte financeiro, não tem como. Não estou desistindo, nem jogando a tolha. A realidade é essa. Qualquer jogador mais qualificado é R$ 90 mil, R$ 100 mil. Não adianta. Nosso teto está longe, não é nem a metade disso. Não desistimos e estamos procurando parcerias — comentou o vice de futebol.
O Juventude estreia na Série B do Campeonato Brasileiro, no sábado, dia 8, contra o CRB. Será o retorno da equipe alviverde à segunda divisão nacional. Antes de pensar em acesso, a intenção é se manter.
— Nosso primeiro objetivo é não correr risco de rebaixamento. Isso não passa pela nossa cabeça e não pode acontecer. Vamos ter que trazer duas ou três peças, mesmo que seja para grupo. Se as pessoas não funcionarem, não vamos correr risco. Vamos substituir e tentar fazer diferente. O segundo objetivo, é como aconteceu no próprio Gauchão. Voltamos com um grupo novo e encaixou bem, no detalhe não classificamos — disse Pioner.