Um desafio gigante na carreira do preparador físico Rafael dos Santos, o Brasa. Com um grande histórico na cidade nos esportes de quadra e com passagens pelas categorias de base grená, ele tem agora a grande oportunidade na comissão técnica principal do Caxias para a disputa da Copa Seu Verardi.
Mesmo que a competição não valha vaga para o time do Centenário, a motivação de Brasa está em alta para a competição que inicia no dia 18.
— Não existe essa coisa de vaga, existe a meta de ser campeão. Eu não entro em um campeonato para buscar uma vaga, a não ser que só o campeão tenha direito a ela. Sempre busco o título — afirmou o preparador grená.
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Nesta temporada, Brasa estava a frente da preparação física das categorias de base do Caxias. Porém, a história do profissional de 38 anos com o clube vem de muito tempo. Em 1999, começou a trabalhar com a equipe sub-15. Permaneceu no Centenário por dois anos e foi para as quadras. Passou pelo futsal do Vasco e chegou ao handebol. Na modalidade, teve experiência com a Apahand/UCS e nas seleções de base, além de ser o atual técnico do selecionado nacional de handebol para surdos.
O que viveu nas outras modalidades serve como referência para o trabalho desenvolvido no campo de futebol.
— Desde o tempo do handebol eu já fazia alguns trabalhos diferenciados para o Brasil, principalmente pela ligação que tínhamos com os preparadores da seleção brasileira, que eram da Europa. Sempre gostei de misturar treinamentos de outros esportes à parte física — destaca Brasa, que comenta sobre as diferenças entre as modalidades:
— Técnica e fisicamente, muda muito no futebol pela amplitude do campo e pelas valências físicas que são requisitadas. Mas dentro de cada posição eu consigo trazer um pouquinho dos esportes de quadra e adaptar aquilo no dia a dia deles.
Para a disputa da Copinha, a parte mais complicada foi trabalhar as características físicas dos profissionais que estavam na Série D com os jovens que subiram da categoria de base. No entanto, isso não é um problema para Brasa:
— Existe diferença, mas não muito grande. É principalmente na estrutura física. Os jovens tem velocidade tanto quanto os jogadores que estavam aqui, aguentam tanto ou até mais, por falta de experiência. Enquanto o profissional faz 10 ou 11 km por jogo, o menino da base, com quase 10 minutos a menos de jogo, consegue fazer 12km. O que muda é o volume muscular, que ainda não chegou ao nível de um atleta que já tem o corpo formado.
É uma chance para Brasa mostrar seu trabalho também na equipe principal. E, com o objetivo de ser campeão, o preparador físico começa sua caminhada também no futebol profissional.