Acertar o gol adversário não é uma tarefa tão difícil assim para o Caxias. Ao menos nos números, o time grená tem um aproveitamento considerável no comparativo com os rivais do Campeonato Gaúcho. A estatística preocupante, no entanto, está no setor que mais depende de bola na rede: o ataque.
Em 14 jogos disputados até agora, o Caxias marcou 21 gols, uma média de 1,5 por partida. Este número faz do grená o segundo ataque mais positivo da competição, atrás do Grêmio, que fez 35. O Inter, rival da semifinal, por exemplo, fez 17, contando os dois na vitória de domingo, por 2 a 1, no Centenário. Além disso, a equipe de Pingo só passou em branco uma vez, diante do Grêmio, na derrota por 3 a 0 em Caxias do Sul, ainda na primeira fase.
Apesar dos números favoráveis, os gols perdidos frente ao Inter na partida de ida das semifinais podem custar caro. Na prática, o Caxias perdeu quatro chances claras e três delas foram com Bruno Alves, o mais efetivo dos atacantes até aqui, que já fez três no Gauchão. Além do camisa 11, Junior Juazeiro e Léo Jaime marcaram um cada. Logo, a média dos atacantes grenás chega a 23,8% do total feito pela equipe.
— Bruno Alves é um jogador que se destacou até aqui e ele perdeu porque estava lá. Ele arrancou, brigou, criou essas chances. Não tem como condenar uma pessoa porque erra o gol. Faz parte, todo mundo erra — contemporizou José Caetano Setti, vice de futebol do Caxias.
O dirigente acredita que se não fossem os cinco desfalques do time, quatro deles por lesão, o resultado poderia ser diferente.
— Temos que ter um grupo equilibrado, mas o Caxias não consegue ter poder para repor seis peças importantes na mesma qualidade — avaliou Setti, ao lembrar das ausências de Rafael Gava, Ruan, Lee e Muriel, por lesões, e Junior Alves, por ter sido expulso nas quartas de final, diante do Aimoré.
Para sábado (6), o técnico Pingo ainda não sabe com quem vai poder contar do meio para frente. A esperança é de que Rafael Gava retorne. Ruan e Diego Miranda são as principais dúvidas. Para se classificar, o time grená precisa fazer, no mínimo, dois gols.
Como alento, está o fato de que o Caxias marcou dois gols numa mesma partida três vezes fora de casa: contra o Brasil-Pel e Juventude (3 a 0 em ambos) e no 2 a 2 contra o São José. Nos demais jogos longe do Centenário, o time fez um gol em cada uma das partidas (São Luiz, Novo Hamburgo, Inter e Aimoré).