Buscar títulos, ter uma equipe que jogue um bom futebol e tenha predileção ofensiva. Assim foi baseado o discurso de apresentação de Pingo como técnico do Caxias. Luiz Roberto Magalhães, o Pingo, é natural de Joinville e atuará como treinador pela primeira vez no Rio Grande do Sul. Se como jogador, o volante defendeu clubes como Grêmio, Flamengo, Botafogo e Cruzeiro, como técnico as experiências principais foram no futebol catarinense.
Pingo chega para comandar o Caxias ao lado do auxiliar técnico Bandoch e do preparador físico George Castilhos, com quem foi campeão da Copa Santa Catarina pelo Brusque. Na chuvosa manhã de sexta-feira, marca dos dias de jogos da equipe grená, a nova comissão técnica foi apresentada no Salão Nobre do Estádio Centenário pelo presidente Vitacir Pellin e pelo vice de futebol José Caetano Setti.
— Há dois anos conversamos com ele. Espero um grande trabalho por tudo o que sei e que vi do Pingo. O clube tem se mantido num patamar bom. Nesses últimos anos temos feito bons times, mas faltou sempre o detalhe. Confio muito no trabalho desta comissão técnica. Espero que seja um grande ano para o Caxias, não só nesta reestruturação, mas que a gente consiga os objetivos também dentro de campo — projetou Setti.
Para o treinador, apesar da característica aguerrida que as equipes do Caxias apresentam historicamente, o time grená para 2019 será adepto do futebol pensado do ataque para a defesa.
— A gente escuta muito de equipes jogarem por uma bola. No Caxias vai ser diferente. Ele não vai perder a sua essência, que é de equipe guerreira e de lutar por vitórias, mas vai ser uma equipe que vai jogar futebol. Esse é o estilo que temos, que gostamos. Não vai perder o que a gente sempre teve no Sul, que é de marcação forte, times aguerridos. Mas o bom futebol será apresentado. Isso é certeza — comentou.
Oficialmente, a pré-temporada grená inicia na próxima terça-feira. A tendência é de que o primeiro dia de trabalho conte com, pelo menos, 21 atletas.
Entrevista:
Pingo, técnico do Caxias
Convite grená
Vínhamos conversando há muito tempo e eu esperava muito esse momento pela grandeza do Caxias e o que mais me seduziu foi a estrutura. Acho que para um trabalho ser bem realizado é preciso uma boa estrutura fora de campo. É ela que determina o que vai acontecer dentro do campo.
Títulos
A gente sabe que é uma equipe que tem uma marca forte e é vencedora. Temos de colocar na cabeça dos atletas que viemos para o Caxias para buscar títulos. A equipe tem que pensar grande. Tem que pensar o tamanho que ela é.
Futebol gaúcho
Eu conheço bem o Rio Grande do Sul. Minha filha é gaúcha, gosto muito daqui. O mercado gaúcho está muito bom e os melhores treinadores do Brasil saíram daqui. Tudo isso pesou para eu vir para cá. Era um namoro antigo, mas bem responsável e ético. Felizmente esse momento chegou. É o momento do Caxias e do Pingo.
Grupo de jogadores
Os atletas que permaneceram são de qualidade. Conheço-os bem. As contratações feitas foram em conjunto e foram boas. São atletas que têm experiência em competições nacionais, de qualidade e com as características que pensamos para o Caxias. O mais importante é o trabalho que realizaremos.
Referências
Trabalhei com o papa dos treinadores: o Ênio Andrade. Depois Paulo Autuori, Vanderlei Luxemburgo. Me espelho neles, mas no futebol é preciso ter uma linha e seguir nela. Tenho um pensamento sobre o futebol que creio ser o ideal.
Equipe
Tenho o costume de não fazer mistério em relação à equipe que inicia o jogo. A partir da semana que vem já teremos um esboço de time que seja ideal para o momento, mesmo que não seja definitiva. No primeiro jogo-treino, já queremos um time com a cara do Caxias.
Estilo do time
Eu sempre inicio pelo ataque. Nossa marcação começa ali. A defesa será segura, com certeza, até porque o futebol se define muito em contra-ataques.