O adversário do Caxias nas quartas de final é o Avenida. O time de Santa Cruz do Sul vive o melhor momento da sua história na elite do Gauchão. Antes da atual temporada, o máximo que o clube havia chegado era a 10ª colocação em 2009. Jamais havia alcançado o mata-mata.
O time, que regressou à elite neste ano, foi apontado como candidato ao rebaixamento. Porém, quando a bola rolou, foi bem melhor que as expectativas. O Z-2 não foi uma realidade tão presente quanto para o atual campeão Novo Hamburgo, por exemplo. Casualmente, um empate com o anilado garantiu uma classificação inédita ao Avenida. Contra os serranos, empatou com Ju e VEC, além de ser o único a vencer o Caxias.
Isso passa muito pela continuidade de Fabiano Daitx no comando. O treinador, de 43 anos, chegou ao time do Vale do Rio Pardo em 2016, durante a Divisão de Acesso. Passou da primeira fase, mas caiu nos pentagonais naquele ano. Na temporada seguinte, foi vice- campeão, conquistado o acesso. Agora, consegue o feito de levar o Avenida às quartas de final.
Nos dois jogos contra a equipe grená, o treinador acredita que é possível sonhar mais alto.
— Vamos focar todas as energias para esses confrontos. Sabemos que serão jogos muito difíceis, mas acho que temos condições de fazer um enfrentamento de iguais com o Caxias — opina Daitx.
O técnico conversou com o Pioneiro na terça e falou sobre o momento da equipe. Confira os principais trechos:
Pioneiro: A imagem que se tem é de um Avenida com uma defesa forte e foco no contra-ataque. Como você define o estilo de jogo do seu time?
Fabiano Daitx: É a proposta do nosso time e os jogadores compraram essa ideia. Vimos que nos defendendo bem, abriríamos espaços para, no contra-ataque, termos uma situação de gol. Outras equipes vão ter mais posse de bola ou serem ofensivas. Eu gostaria muito que a minha fosse o Manchester City ou o Barcelona, mas não conseguimos dar esse padrão. Então, dentro da nossa realidade, a proposta é ter defesa consistente e contra-ataque rápido.
Esse estilo poderá mudar por serem dois jogos nas quartas de final?
— Nós não vamos mudar a nossa proposta por ser mata-mata. Dentro daquilo que vejo do futebol, se a nossa equipe mudar agora poderá perder corpo e a sua identidade. Seria uma evolução para outro momento, não agora. Isso seria um erro estratégico da nossa parte.
O que se pode esperar do Avenida a partir de agora?
— Aquela pressão do rebaixamento era muito forte e nós tínhamos isso na cabeça, porque o Avenida era apontado como principal candidato ao rebaixamento. Esse peso não existe mais. Acredito que a equipe vai se soltar um pouco com essa tranquilidade.