Um começo que empolga aos torcedores e também faz o pensamento crescer. O Caxias do Sul Basquete/Banrisul termina o ano de 2017 vivendo a possibilidade de classificação para os playoffs do NBB 10. Uma realidade bem diferente de dezembro de 2016, quando o time brigava para não cair. Os dois primeiros meses da atual temporada trouxeram seis vitórias, um ginásio sempre lotado e o sentimento de que esta edição pode histórica para o time de Rodrigo Barbosa.
A despedida do ano “velho”, na quinta-feira, foi mais uma vez de Vascão lotado. As cerca de 850 pessoas que foram até o ginásio na semana entre o Natal e o réveillon, assistiram à mais uma vitória do Caxias Basquete, por 72 a 63 sobre o Joinville. Não foi uma grande atuação, mas foi um show à parte de Cauê Borges. O ala de 26 anos é uma das boas novidades da reformulada equipe caxiense. Vindo de Franca, Cauê Borges é disparado o grande nome da equipe no NBB 10. A partida contra os catarinenses fez com que o jogador de 1m87cm quebrasse seus recordes em pontuação, em cesta de três — cinco no jogo — e igualasse sua marca de oito rebotes.
— Esse é meu melhor ano. É o time onde tenho mais espaço e liberdade para jogar. Tenho mais tempo de quadra e os companheiros me passam essa confiança. Fica mais fácil fazer as coisas — avalia Cauê Borges.
Diferente do NBB 9, a atual temporada está com um time sem lesões. Até agora, o único desfalque do time é o ala americano Warren, que não tem o visto de trabalho no país — o que deve acontecer nos primeiros dias de janeiro. Na edição passada, foram pelo menos dois grandes problemas. O pivô Marcão, que vive grande fase este ano, realizou uma cirurgia e demorou a recuperar o condicionamento físico. Quem também viveu problemas com as contusões foi o armador Fred, que não segue no time. Ele jogou apenas 17 jogos em todo o campeonato e teve poucos minutos de quadra.
— Nesta temporada, conseguimos montar o grupo e trabalhar com ele até agora. Temos todos eles sempre para jogar. Se ganha conjunto e segurança. No NBB 9, perdíamos muitos jogos na última bola. Agora tem sido ao contrário. Na hora da decisão, temos conseguido a vantagem — avalia Barbosa.
Os sonhos do Caxias
Com a nona posição que ocupa atualmente, o Caxias Basquete teria a vantagem para decidir o primeiro playoff em casa. Esse objetivo difere dos anos anteriores, onde a prioridade era não ser rebaixado.
— Nós nunca fizemos o Caxias do Sul Basquete com o objetivo de ser campeão, fomos conquistando as coisas conforme as oportunidades foram aparecendo no decorrer do tempo. Mas, da mesma forma, nunca fizemos as coisas pensando em não cair. Pensamos em cada dia fazer as coisas que podemos de melhor. E isso vai nos levar até um lugar que não sabemos. O nosso limite entre o certo e o errado é muito próximo — avalia Barbosa.
A arrancada também é um diferencial para o Caxias. Nas duas edições anteriores, o time chegou ao mês de dezembro com três triunfos no NBB 8 e somente uma vitória na temporada passada. No NBB 10 já são seis, uma a mais que toda a última temporada.
Os dois próximos jogos serão em casa. Enfrenta o Vasco, dia 10 de janeiro, às 20h05min, e o Botafogo, dia 12, no mesmo horário. Partidas que podem ser decisivas para classificação. Depois, dia 16, no encerramento do turno, enfrenta, em São Paulo, o Paulistano, atual vice-campeão.
Antes de sonhar em passar de fase, Rodrigo Barbosa tem um desejo bem claro para que o futuro do Caxias do Sul Basquete seja forte:
— Espero que antes de acabar esse NBB 10 já tenhamos estrutura pronta para o NBB 11. Isso é uma coisa que nos prejudica e desgasta bastante. Esperar acabar um campeonato e ter que começar a fazer tudo de novo para tentar uma nova temporada. Em todas os pontos nós estamos crescendo. Talvez falte esse crescimento para poder emendar um projeto no outro. Acabar um NBB com as garantias que a próxima edição estará ali e que poderemos participar.