Danilo Fernandes foi um dos poucos a se salvar no naufrágio colorado em 2016. Sua convocação para a Seleção Brasileira, mesmo que para um amistoso, é um reconhecimento merecido a um baita profissional. Além das defesas, o goleiro colorado mostrou ser um líder positivo. Sua indignação diante das derrotas e declarações fortes e oportunas ajudaram a criar um vínculo imediato com a torcida. Parabéns, Danilo. Que essa convocação seja o primeiro passo de um 2017 cheio de alegrias. Para ti e para nós, torcedores.
Saindo dos goleiros e indo para a outra extremidade do campo, agora quero falar sobre os atacantes.
É estranho. O sonho da maioria dos guris brasileiros que gostam de futebol é ser centroavante. Mas o mercado brasileiro enfrenta uma seca de jogadores dessa posição. Entendo que encontrar um Ronaldo Nazário, um Fernandão ou um Dadá Maravilha seja difícil. Mas nem centroavantes de média qualidade é fácil de contratar. Sobram as apostas. E apostas só dão certo às vezes.
Funções táticas
Fiquei pensando que esse fenômeno talvez seja resultado da mudança no jeito de se jogar futebol. O goleador fincado, o matador, virou uma opção de banco na maioria das vezes. Hoje, exige-se que mesmo o melhor dos camisas 9 cumpra funções táticas defensivas, que podem ser apenas preencher algum espaço.
Mas existe a obrigação da versatilidade e do pensamento do jogo como um todo. O futebol coletivo está matando os matadores. Veremos, com o tempo, se isso vai ser bom ou ruim.
*Diário Gaúcho