A vaga nas quartas do basquete feminino brasileiro nos Jogos Olímpicos ficou ainda mais distante nesta terça-feira. Na terceira rodada do Grupo A, a seleção tinha jogo de vida ou morte contra Belarus. No entanto, a irregularidade voltou a ser um divisor de águas para a equipe do técnico Barbosa, que começou muito bem, mas cometeu muitos erros no segundo tempo e foi derrotada por 65 a 63 na Arena da Juventude, em Deodoro.
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A cestinha da partida foi Damiris, mais uma vez o destaque individual brasileiro, com 23 pontos. Clarissa, com 17 pontos, também teve atuação destacada, mas não evitou o revés. Pelo lado de Belarus, Troiana fez 18 pontos, inclusive os três decisivos da partida.
Com o resultado, o Brasil soma três pontos (todas derrotas) e agora não depende apenas de suas forças para se classificar. Precisa vencer os dois últimos jogos a começar pela França, na quinta-feira, às 15h30, novamente na Arena da Juventude. No mesmo dia, Belarus, que conquistou seu primeiro triunfo, encara a Turquia.
O JOGO
A seleção parecia ter encontrado o basquete perdido após a estreia com a Austrália. Com atuação regular na defesa, as brasileiras mostraram pela primeira vez um jogo versátil e coletivo no ataque, não centrado apenas nas mãos de uma jogadora. Damiris seguiu bem e Clarissa resolveu assumir também o papel de protagonismo. Com isso, o primeiro quarto terminou 28 a 16 para a equipe de Barbosa.
Belarus, também fazendo o jogo da vida, tinha dificuldades em conectar jogadas ofensivas e deixava espaços na defesa. Joyce, que nos dois primeiros jogos parecia sentir a pressão da Olimpíada, se soltou e fez grandes jogadas. O Brasil chegou a abrir 18 pontos mesmo rodando a equipe titular. No entanto, na metade final do segundo quarto, a irregularidade voltou a dar o ar da graça. Errando muito, a seleção parou de pontuar, as europeias se acertaram e reduziram a vantagem para cinco pontos no intervalo: 40 a 35.
O apagão, que tanto prejudicou contra Austrália e principalmente o Japão, apareceu no terceiro quarto. Com um festival de erros, o Brasil fez apenas dois pontos na metade do período. Belarus também justificava porque era um dos times mais fracos do Grupo A. Prova disso era que mesmo com o momento ruim das anfitriãs, teve dificuldade para virar o placar. Na reta final, Damiris e Clarissa, na base da raça, não deixaram o placar desgarrar: 50 a 50.
O último quarto foi emoção pura. A seleção seguia em dificuldades de sair do período "erro total". No entanto, Damiris, uma gigante na quadra, não deixava a vantagem crescer e contagiou o time. Mesmo assim, os dois times oscilavam muito e isso refletia na troca de liderança no placar. Faltando pouco mais de um minuto para o fim, Troina acertou uma bola de três e deixou Belarus em vantagem: 65 a 63. O Brasil teve a chance da vitória nas mãos de Iziane, que fez partida ruim. A bola não caiu e a "bipolaridade" acabou derrubando as brasileiras, agora mais distantes da classificação.