O presidente do Juventude Raimundo Demore falou nesta segunda-feira com o Pioneiro sobre diversas situações envolvendo o futuro do clube. Entre os assuntos, a crise financeira do time, a negociação com o banco BMG e a possibilidade de venda de parte da área do Centro de Formação de Atletas e Cidadãos (CFAC).
Confira alguns trechos:
Pioneiro: Como está o trabalho para que o BMG permaneça com o Juventude na próxima temporada?
Raimundo Demore: O banco pediu para postergar para outubro a questão da permanência aqui em razão de eles não saberem se o Banco Itaú, com o qual eles firmaram uma parceria, vai continuar patrocinando a Seleção Brasileira ou não. Daqui a pouco eles têm esse interesse de estar na Seleção. A gente aguarda essa decisão e esperamos que ele continuem.
Pioneiro: A participação do BMG com a venda da porcentagem de alguns atletas do Juventude pode servir como moeda de troca nesta negociação?
Demore: Nós tínhamos um contrato com eles, que depois acabaram desistindo, que nós cederíamos 25% de todos os atletas. Eles não quiseram isso e voltaram atrás. O que temos agora é a expectativa sobre que tipo de contrato eles vão querer: de investimento ou só de patrocínio. Nossa intenção é que eles se pronunciem a respeito disso. Nós fomos lá mostrar essa garotada que a gente gostaria até de negociar. É o Bressan, o Alex Telles, o Follmann, o Fabrício, o Ramiro.
Pioneiro: A questão financeira é a principal preocupação para a próxima temporada?
Demore: A situação financeira do clube preocupa muito. Temos de achar uma forma de sair disso. E a fórmula é pegar esse time e colocar numa divisão diferente da que está hoje. Senão, não adianta. Que tipo de patrocínio se vai conseguir para um time na Série D?
Pioneiro: A venda de parte do CFAC é uma possibilidade real?
Demore: Temos uma área de 46 hectares. Que bom que é deste tamanho. Mas, para fazer o que precisamos, com 15 hectares sobra terra. Neste espaço, se teria um complexo esportivo completo, com campos, hotelaria, que acabaria com os gastos de hospedagem em hotéis, alojamentos, vestiários, espaços médicos e tudo mais. Temos uma área grande demais? Sim. De repente, podemos ter uma mudança nisso e ficar com uma área menor, poder construir um CT e, com isso, alavancar um dinheiro diferente. Sim, é possível. Nós estamos olhando todas as alternativas. O Juventude precisa fazer alguma coisa e rápido.
Confira a entrevista completa na edição impressa desta terça-feira do Pioneiro.