Com a presença de representantes de indústrias com abrangência nacional e internacional, o Simecs Transforma, evento nesta terça-feira (13) promovido pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias (Simecs), proporcionou ao público troca de experiências e conhecimento sobre o mercado e o cenário econômico, além de tendências e inovação.
O encontro costuma ser realizado em comemoração ao Dia Nacional da Indústria, em 25 de maio, mas precisou ser adiado neste ano em virtude da chuva no Rio Grande do Sul.
Com mais de 600 participantes, os temas flutuaram entre agronegócio, saúde mental, tecnologia e inovação. A avaliação do público foi positiva. Para o supervisor de recursos humanos da Agrale, Sandro Angeli, foi uma boa oportunidade para ficar por dentro das novidades.
— É um evento ímpar, que traz muita novidade, muita informação, principalmente para quem trabalha na área metalmecânica, que é o nosso caso. Todos os palestrantes vêm com novas ideias e percepções, que auxiliam também ao empresário a sempre estar evoluindo. É um evento muito interessante, que traz pessoas de diferentes locais, e a gente acaba saindo um pouco da caixa — explica.
A opinião da sócia da empresa Cntec Indústria Eletrônica, Josiane Pan, é parecida. Para ela, as palestras foram produtivas, já que foi possível agregar informações sobre o seu setor, mas também sobre outras oportunidades de negócios.
— Achei que valeu a pena, principalmente no setor agro. Tem várias oportunidades para nós, da indústria eletrônica, já pensando em 2025. Com certeza, vamos implementar futuramente já pensando no planejamento — avalia.
Programação para ampliar possibilidades
O evento contou com painéis que abordaram desde incentivos e programas do governo federal até oportunidades em tecnologia e agroindústria. Os painelistas foram:
- Edelweis Ritt, diretora de Negócios, Pesquisa e Desenvolvimento da Ceitec S.A;
- Margarete Maria Gandini, diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC);
- Paulo Moraes, vice-presidente de Sales & Marketing da Scania Latin America;
- Roseane Campos, diretora Global de Governança de Marcas da AGCO.
Para Paulo Moraes, o painel no Simecs Tranforma foi ao encontro do propósito da Scania, empresa em que atua como vice-presidente de Sales & Marketing.
— A gente tem uma parceria muito grande com os nossos fornecedores e uma proposta de solução para os nossos clientes que sempre está pautado em soluções sustentáveis. Quando a gente fala em sustentabilidade, é um aspecto muito amplo em tudo o que a gente faz. A gente fala de fazer as coisas certas e fazer certo as coisas. Isso está no relacionamento com os fornecedores, com os clientes, com os nossos colaboradores, com a comunidade — explica.
Ele, que abordou o tema da oferta para dentro de um ecossistema de transporte sustentável, trouxe ao público reflexões sobre a tecnologia do produto, processos industriais e comerciais.
— São várias frentes, sempre pensando na descarbonização, mas pensando que os aspectos de empregabilidade e o sistema de produção trabalha de uma maneira flexível, tentando sempre preencher o nosso parque industrial com demanda de uma maneira que a gente siga com boa empregabilidade. A gente tem total interesse que a indústria nacional seja cada vez mais forte. Havendo políticas públicas, obviamente elas são bem-vindas, mas sem depender disso — destaca.
Em outra frente, a painelista Roseane Campos levou ao UCS Teatro percepções sobre o mercado agro e o impacto na cadeia produtiva.
— Trouxe um pouco do impacto nas indústrias de máquinas agrícolas e como a comunidade da região pode atuar nesse mercado próspero e que tende a crescer no país — resume.
A programação se encerrou com palestra do filósofo Luiz Felipe Pondé, que tratou sobre saúde mental nas relações de trabalho.
O presidente do Simecs, Ubiratã Rezler, destacou que o evento fortalece a indústria e dá oportunidades de crescimento aos participantes.
— O amanhã é hoje. Temos que atuar pelo agora. Estimular nossas empresas. Estamos aqui procurando peças para nossas máquinas, fazendo uma analogia, para que nossas indústrias sejam mais competitivas e que encontrem um lugar no tão competitivo mercado que temos hoje — conclui.