A cesta básica caxiense voltou a apresentar alta no mês de fevereiro. Em comparação com janeiro, a elevação foi de 0,76%, com um custo total de R$ 1.436,55. No primeiro mês do ano, o valor era de R$ 1.425,77. A elevação total foi de R$ 10,78. Esse é o segundo mês consecutivo com altas. O levantamento é do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (Ipes) e do Centro de Ciências Econômicas e Sociais da UCS.
Dos 47 produtos que compõem a cesta, 22 aumentaram de preço, ou seja, 46,89%, 23 tiveram seus preços médios reduzidos e dois permaneceram com seus preços.
A batata inglesa, com alta de 33,07%, foi o produto que puxou a elevação da cesta básica caxiense em fevereiro. A maçã nacional (26,26%), a laranja (19,22%), a banana (17,16%) e o açúcar cristal (16,88%) também impactaram negativamente. Por outro lado, o tomate, o xampu, o creme dental, o detergente líquido e o absorvente externo tiveram quedas no último mês.
— Podemos observar que a evolução da cesta se concentrou quase que exclusivamente em produtos que estão relacionados a hortifrutigranjeiros. Fatores climáticos pesam nisso, mas também o final de algumas safras. Também é importante destacar a aquisição que temos que fazer desses itens, principalmente a laranja, que vem do Centro do país porque já não é mais safra aqui na região — detalha o professor e pesquisador Mosár Leandro Ness sobre a alta.
IPC subiu novamente
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Caxias do Sul também apresentou elevação nos preços de 0,36% no mês de fevereiro, contra alta de 0,45% em janeiro. Com esse resultado, a variação percentual acumulada do IPC-IPES nos últimos 12 meses alcançou 4,18%, com um aumento médio mensal no período de 0,45%. Conforme Ness, do total de 320 subitens que compõe a estrutura do IPC, 100 aumentaram de preços no mês passado. Por outro lado, 97 tiveram seus preços reduzidos, e 123 permaneceram com seus preços inalterados.
— O IPC, de uma maneira geral, também vem apresentado uma redução mês a mês no seu índice, e isso fica de acordo com os outros itens que são pesquisados, como o IPCA. Mas é lógico que esse repique que vimos agora nesse mês é decorrente, principalmente, de ajustes que ocorreram nos preços dos alimentos que foram os itens que mais colaboraram (para a alta) — finaliza o professor.