Conforme levantamento do Núcleo de Informações de Mercado da CDL Caxias, as vendas de Natal em 2023 se mantiveram estáveis quando comparadas com o ano anterior, com crescimento de 1,8%. O tíquete médio por cliente ficou em R$ 501,84, atrás dos R$ 512,35 que havia sido projetado pela entidade antes da data. A amostragem foi feita entre os dias 3 e 5 de janeiro
A pesquisa da CDL Caxias entrevistou estabelecimentos de oito segmentos, entre eles de vestuário e calçados, brinquedos eletrodomésticos e eletrônicos, cosméticos e perfumes, joias e relógios, bebidas e alimentos, utensílios domésticos e floricultura. Para 46,7% dos lojistas, a principal data comemorativa do comércio foi melhor em 2023 do quem 2022, 10% disseram que foi igual a 2022 e outros 43,3% apontaram que foi pior do que no ano anterior. Os motivos para a queda justificado pelos comerciantes foram um menor poder aquisitivo da população, as incertezas econômicas e as viagens antecipadas, já que o feriado de Natal foi em uma segunda-feira.
Das empresas que comercializaram mais em 2023, 37,5% disseram que os clientes estavam dispostos a gastar mais e 25% afirmaram que o movimento foi resultado da divulgação da loja e dos produtos nas redes sociais. Ainda, 18,8% acreditam que a reputação e confiança na marca podem ter ajudado, e 12,5% apontaram a maior diversidade de produtos.
Conforme o gerente administrativo financeiro da CDL Caxias, Carlos Alberto Cervieri, as comercializações para as datas comemorativas do ano passado foram instáveis por conta das incertezas econômicas. Ele acredita que esse cenário pode se manter para 2024.
— Esta prática se confirmou pelo relato dos lojistas no Natal de 2023, onde observaram que quem pôde presentear melhor nos anos anteriores, neste último Natal deu uma segurada nas compras. Entretanto, quem não conseguiu presentear da forma que gostaria nos anos anteriores compensou comprando mais presentes ou de valores maiores agora. O cenário está volátil, não há um parâmetro geral, mas, sim, ações individuais, de acordo com a realidade de cada cliente — explicou.
A maior procura pelos presentes de Natal ocorreu na semana que antecedeu a data e duas semanas antes. Pouco mais de 20% das comercializações foram efetivadas durante o mês de dezembro e 11,8% foram realizadas na véspera ou no dia. Quanto ao pagamento, 32% foram feitas por cartão de crédito, 28,6% com dinheiro, 21,4% por Pix, 14,3% com cartão de débito e 3,6% em crediário.