O mês de julho teve o menor saldo do ano em empregos formais gerados em Caxias do Sul. Ao todo, foram 6.863 admissões e 7.113 desligamentos, o que gerou um saldo negativo de menos 250 vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Desde janeiro, o setor de serviços mantém o melhor desempenho em comparação com outras áreas e, no sétimo mês do ano, foi o mais positivo entre os setores, com 119 postos de saldo. Comércio e construção também registraram o saldo positivo, com 54 e 17 posições, respectivamente. O setor de indústria ficou em baixa, com menos 407 posições ocupadas. O cenário negativo foi seguido pela área de agropecuária, com menos 33 vagas.
No histórico do ano, o maior município da Serra registrou em janeiro o saldo positivo de 416 vagas formais geradas. Em fevereiro foi constatada a maior alta até o momento, com 1.849 oportunidades ocupadas. Março teve o primeiro registro negativo, com menos 136. Os meses de abril e maio foram semelhantes, com 547 e 525 trabalhadores com carteira assinada respectivamente. No mês de junho, o saldo ficou novamente negativo, com menos 95 vagas, seguido do cenário de julho, com menos 250 oportunidades.
Dos setores em baixa no município, a indústria teve o maior impacto no mês de julho. De acordo com o economista e professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Mosár Ness, a queda está relacionada ao cenário do agronegócio no Estado.
— Estamos agora começando novas safras, então, os produtores estão ainda pensando se vão aumentar a área plantada e se vão necessitar de mais insumos, mais máquinas agrícolas, que impactam diretamente na demanda da indústria. Mas, se os produtores tiverem a expectativa negativa em relação a safra, não vão comprar e a roda da economia vai começar a travar — afirma Ness.
Além disso, conforme o economista, o preço internacional das commodities não está em um momento favorável, gerando temor aos produtores. Aliado a isso está um período que o economista analisa como "desestimulante" pelo próprio governo, com um plano safra abrangente, tornando confuso aos produtores a ideia do governo quanto ao futuro do agronegócio.
— O agronegócio é uma fábrica a céu aberto, que depende de fatores como as condições climáticas e preço internacional. O cenário do agro impacta na suspensão de pedidos que chegam na indústria. Se esses pedidos são suspensos, sejam máquinas agrícolas ou implementos de transporte urbano ou rodoviário, as fábricas são impactadas e o número de contratação é zero, com a chegada das demissões — explica o economista.
O cenário negativo gerado em todos os setores no mês de julho está atrelado ao momento de ajustes feitos pelas empresas nos quadros de trabalhadores. Segundo o economista, a demanda do mercado, neste momento, não é forte e isso motiva o cenário de demissões.
Entretanto, apesar da baixa de julho, o ano está positivo em contratações na cidade. Nos primeiros seis meses do ano, Caxias do Sul registrou 3.111 novas posições ocupadas.
Sine tem 168 vagas para a quinta-feira (31)
Trabalhadores que estejam em busca de oportunidades em Caxias, podem encontrar vagas na Agência do Sine. Para esta sexta-feira (31), são oferecidas 168 vagas. A descrição de cada uma pode ser acompanhada presencialmente, no local, ou antecipadamente por meio deste link.
O Sine está localizado na Rua Bento Gonçalves, 1.901, centro de Caxias do Sul. O horário de funcionamento é das 8h às 12h e das 13h às 17h. As senhas para atendimento são distribuídas das 8h às 9h30min para o período da manhã, e das 13h às 14h30min no período da tarde.